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A carta que vem apoz esta, por differente letra, sem assignatura e datada de 22 de janeiro de 1580, posto seja, segundo parece, relativa ás intrigas tenebrosas d'aquelle tempo, não nos luz alguma, salvo no ultimo paragrapho, e no fim de uma nota á margem que parece da letra de D. João da Silva.

Desastre de Alcacer-quibir. Reinado do cardeal D. Henrique. 1578 a 1580

Para ellas chegarem á sepultura em 1580, não devia ter a nação declinado, ao menos moralmente, desde D. Manuel? Reflictâmos nos derradeiros momentos de quatro famosos capitães portuguezes, que viveram em diversas épochas. N'essas quatro horas de agonia me parece ver um symbolo do periodo que abrange a virilidade, edade grave, velhice, e decrepidez da nação portugueza.

Passando por este tempo ao Porto, ali deu á estampa o compendio de arithmetica, de Bento Fernandes . Transferindo-se em seguida a Lisbôa, onde assentou prélos até 1585, anno que parece ter sido o do seu fallecimento, ainda em 1580 imprimiu em Almeirim, de parceria com seu confrade Antonio Ribeiro, segundo informações de Tito de Noronha, in A Imprensa Portugueza, as Allegações de direito por parte da Infanta D. Catharina, sobrinha do Cardeal Infante.

A primeira d'estas meninas veio a casar para Flandres com o principe Alexandre Farneze; a segunda desposou seu primo co-irmão D. João, sexto duque de Bragança, e figura como pretendente á coroa em 1580, epocha em que o seu nome entra por assim dizer na historia de Portugal.

Nutrião porém aquelles contra estes grandes sommas de odio, quer pelos interesses contrarios de vizinhança na Europa e America, quer por estar o reino de Portugal avassallado n'esse periodo ao de Castella, e formar uma provincia da monarchia hespanhola desde o anno de 1580, em que Felippe IIº o acurvára ao seu jugo pela força e violencia, e o mantivera e legára aos seus successores castelhanos com tradições de terror, que irritava o povo lusitano, e o desesperava cada vez mais contra o dominio do captiveiro, incitando-lhe constantemente os brios para se levantar e recuperar a sua independencia.

Quando se compara a epocha de 1580 com a de 1385 é que se conhece quão largos passos tinha dado Portugal no caminho da corrupção durante o brilhante e glorioso seculo dos descobrimentos e conquistas: é n'essa comparação que está a prova de que o antigo caracter portuguez se pervertêra completamente não nas classes privilegiadas, mas no proprio povo; n'esses que nos apraz considerar unicamente como victimas das traições da nobreza. O povo não resistiu á invasão extrangeira, porque lhe faltava esforço, crença e patriotismo: isso tudo jazia no sepulchro da edade-media. As situações eram rigorosamente analogas. O poder de Castella no tempo de Philippe II tem servido de desculpa á geração apoucada que estendeu os pulsos ás algemas. Mas para saber se ella podia ou não resistir era necessario tental-o. Não o fez, salvo se se quizer chamar resistencia aos tumultos de um vulgacho desordenado, em duas ou tres povoações do reino e na capital. Tem-se exaggerado o poder de Philippe II, e imagina-se que entre as forças das monarchias castelhana e portugueza, na epocha do filho de Carlos V, havia uma superioridade a favor d'aquella muito maior que no tempo do rival do mestre d'Aviz, de D. João I de Castella; mas qual é o facto?

Invadiu Portugal, fazendo assim, ou por falta de recursos, para se lhe opporem, ou por desanimo, com que os rivaes se auzentassem, e o deixassem na posse da sua usurpação. Ficou pois Portugal anexo á Hespanha, em 1580. Ainda assim esse tyrano que foi appellidado O demonio do meio dia logrou subjugar este povo á custa de milhares de vidas. A mortandade e a carnificina foram horriveis.

Os pontos de apoio que nós buscamos são mortos ou negativos: morto o imperio maritimo e colonial, a India, e toda a historia que terminou com os Lusiadas em 1580: negativo, o odio a Castella, que nem nos opprime, nem nos odeia.

Foram ainda navegantes portuguezes que a descobriram e até o testamento de João Ramalho, escripto nas notas do tabellião Lourenço Vaz, na villa de S. Paulo, em 3 de maio de 1580, segundo o testemunho do frei Gaspar da Madre de Deus, que delle teve uma copia, o prova, pois, ahi, Ramalho, na presença do dito tabellião, do juiz ordinario Pedro Dias e de quatro testemunhas, declarou que estava no Brazil ha 90 annos, isto é, desde 1490, dois annos antes da ida de Colombo ás Antilhas e dez annos antes da chegada de Cabral a Porto Seguro.

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