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O amor da litteratura, este amor que nós, em Portugal, por ouvirmos fallar d'elle, conhecemos incompletamente, amor que absorve, que encanta, que allucina e que mata por fim como matou Flaubert, como matou Julio de Goncourt, como matou Balsac, como é muito provavel que mate brevemente Daudet o amor da litteratura respira-se n'estas cartas com um perfume subtil que as embalsama, e que as impregna admiravelmente.

Respira-se entre as arvores um ar empregnado de fina perfumaria, como n'um salão. Vae-se a passo por causa da agglomeração das carroagens e dos cavallos. De quando em quando succede mesmo que os cocheiros se empinam de repente para traz, e que se é obrigado a parar. Ouve-se então o respirar dos cavallos, o ranger dos arreios e os finos ditos que partem do fundo dos coupés.

Mas eu, Sebastião, copeiro por graça de Deus, que estou sempre ao da agua, lavo d'ahi as minhas mãos, silenciosamente. Dada de bico callado aos tantos de tal, nas Caldas da Rainha e de copo na mão». A gente este decreto, toma o seu copinho, e sáe a porta. Respira-se então melhor, como quando se sáe da Ajuda.

Conversa-se ali bem, no tom discreto e nuancé das conversações aristocraticas; respira-se um aroma de feno, ou de tilia, que tem suavidade sem produzir entontecimentos; as reticencias, subtilmente accrescentadas á phrase, dão a esta um sabor vivo e penetrante, sem todavia melindrarem de leve as conveniencias mais correctamente exigentes; as intenções finissimas sublinham o dialogo, a graça da observação substitue-se á profundeza dolorosa da analyse.

Nos seus livros respira-se o aroma resinoso dos pinheiraes alpestres; a frescura dos regatos sombrios onde a pervinca humedece o azul dos seus olhos pequeninos, e avelluda o verde escuro da sua folhagem lustrosa; a melancolica doçura das florestas gorgeiadas de rouxinoes; o idyllio suave das campinas humildes; o cheiro do feno e dos trigaes floridos; a acre respiração que sahe dos flancos da terra humida, dilacerados pelo ferro da charrua...

E logo, antevendo a triste solidão da ausencia, rompeu em afflictivo chôro. Este era o natural de Rosina: ora vivandeira, ora mulher. Logo em principio o dissémos. Apesar da cega confiança que Graça Strech devia ao amor de Rosina, não era a sua alma, quanto mais se avisinhava da Italia, estranha ao ciume. No paiz dos amores, o ciume, la gelosia, respira-se com o ar.

A dois passos do vertiginoso movimento de Paris respira-se aqui uma paz profunda, uma quasi solidão melancolica e doce. Aqui e alli, enormissimos blocos de marmore de fórmas diversissimas, de côr frigida e branca, de arestas que brilham como aço ou como vidro ao sol de abril, de veias azuladas em que parece gyrar um mysterioso sangue...

Lacrimosas e repassadas de angustia, palpitantes de indignação e de revolta, resignadas e entristecidas depois, como que envoltas na pacificação melancolica do crepusculo da vida, e tendo a serena magestade e as linhas ondulantes e suaves das paizagens outoniças, respira-se n'ellas a verdade, a espontaneidade mais sincera, a mais natural despretenção.

Respira-se ali a vida livre e activa, supremo bem sobre a terra, seguida depois pela felicidade eterna, cuja esperança irisada illumina o espirito, como os raios do sol, atravessando as grandes vidraças coloridas, inudam de luz suave e avelludada as naves do templo. Nas disposições internas a egreja ogival soffreu algumas modificações importantes.

Sente-se na symbolica de João Penha a alma alegre de uma geração que teve sangue, que teve vigor, que adorou a vida porque a podia gosar. Respira-se ahi o aroma aperitivo de um succolento jantar fradesco, como na antiga cosinha dos bernardos de Alcobaça, que ainda hoje, apesar de vasia, a impressão do apetite saluberrimo da ordem de Cistér.

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dormitavam

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