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Achou decerto suspeitava ella que eu não era digna de receber a confissão do seu segredo. Quem és tu, disse elle comsigo, pobre vivandeira, para comprehenderes a enormidade d'um amor que vive na morte? Se aquelle annel fosse realmente de sua irmã, curvar-me-ia a seus pés e beijar-lh'o-ia.

Ella sabia pronunciar este nome como se de pequenina o aprendera. Depois olhava em redor, como para adquirir a certeza de não ser escutada, e repetia maviosamente: José! Elle apertava-lhe convulsamente a mão e respondia: Rosina! E aquelle immenso amor da vivandeira, que renunciára á patria, á liberdade e á voz, contentava-se com exhalar-se n'uma palavra, e ser correspondido por outra.

Em Coimbra, disséra Rosina a Graça Strech, quando elle lhe pedia que não soffresse privações sem o avisar: Se se acabar o dinheiro, eu, que posso ter voz em Italia, irei cantando de rua em rua. Não receies por mim. Atravessei pura o exercito francez; mãe, atravessarei destemida o povo italiano. A honra da vivandeira é um baluarte invencivel; não deixa profanar a bandeira da sua lealdade.

Sou eu, repetiu ella cada vez mais baixinho, e aproximando-se. E, como se por encantamento um genio bom lhe deizasse cair ás mãos o fardamento d'um soldado, igual ao que vestia, acrescentou: Não ha tempo a perder. Vista-se e venha. E retrocedeu a esconder-se á porta, onde as sombras mais se condensavam, e a levantar do chão o saco d'oleado da ambulancia, que continha o seu trage de vivandeira.

Para me não deixar desamparada, entregou-me ao velho Regnau com esta madeixa que era o seu unico legado... Nada mais tinha que me deixar... E tirou do seio a sua reliquia, sobre a qual foram cair duas lagrimas ardentes. Graça Strech, subitamente commovido, attentou na vivandeira que tinha baixado os olhos, como se quizesse esconder o pranto.

Preciso de viver, mas a guerra é tão caprichosa! Completa a minha obra, desejo morrer livre, quite com o mundo. Não quero que ninguem me chore morrerei feliz. Outro tanto poderei eu dizer, atalhou com doçura a vivandeira. Mas deixe-me ir... tambem até onde vão os infelizes. agora, eu, que lhe vou abrir o seu futuro, quero saber ao menos o sitio em que o senhor estiver.

Que esperança podia, pois, ter Rosina no seu louco amor? Mas, por outro lado, quem ha de dizer ao coração que é loucura amar? Como havia ella, allucinada pela paixão, de raciocinar comsigo mesma: «Tu és a pobre Regnau, a vivandeira franceza, que acompanhas o exercito vencedor; elle é o soldado do exercito vencido, e vencido elle mesmo. Não se póde transpôr um abysmo, muito menos dois.

Tinha a pureza da vegetação virgem, a suavidade inculta da floresta, e ao mesmo passo o destemor da vivandeira, a facilidade de morder um cartucho de polvora e de cantar uma canção marcial. Na alma tinha os murmurios das correntes patrias; nos olhos o brilho da polvora. Era, n'uma palavra, a pastora tornada vivandeira. Respeitava-a todo o regimento e conhecia-a todo o exercito.

Achava extraordinaria a creança, que tinha innocencias d'anjo e impetos de mulher. Não sabia se mais havia de admirar a originalidade do temperamento se a originalidade da revelação. Começava a lêr na alma da vivandeira que o amava. Comprehendeu que ella sabia respeitar-lhe a dôr, impondo-lhe suavemente o dever de respeitar-lhe a sua.

Que o amigo leopardo da Inglaterra te contrariasse, , porque a Inglaterra é muito poderosa. Mas nós, pequenos como somos, fazemos suster o vôo da tua aguia e, audazes como ella, gritamos-lhe para a amplidão que avassalla: Basta! PáraSua Alteza Real. O que a vivandeira pensava Retiraram os francezes pelo norte de Portugal, acossados pelo exercito anglo luso.

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