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E para que V. Illustrissima julgue se tenho fundamento no que digo, quero em breves palabras mostrar-lhe que todo o mal que temos experimentado desde o principio da Monarchia provem: «Que os Ecclesiasticos quizeraõ, como Constantino Magno, governar os Reynos e os Imperios, pelas regras e leis das primeiras Igrejas e Conventos, que saõ puramente espirituaes; naõ attendendo ao Sagrado do Estado civil, nem á sua independencia: naõ attendendo que todo o seu poder he sobre os Christaõs, e nunca sobre os Subditos do Estado.

A força do agradecimento, e a abundancia, da materia me porião na boca huma torrente de louvores; mas V. Excellencia põe tanto cuidado em merecellos, como em não querer ouvillos; temo a sua modestia; e huma virtude de V. Excellencia me não deixa fallar-lhe nas outras; porém ao menos seja-me permittido, que a minha alma se encha de complacencia, lembrando-se de que tres Reis elogiárão a V. Excellencia, chamando-o a grandes coizas; não quizerão que estes talentos jazessem debaixo da terra; sobre ella, e sobre os mares os fizerão luzir.

E outro si Vasquo Paaes Dazevedo, que em Castella contra mi, e meu serviço dice algumas couzas, que nom devia, querendose dellas alimpar perante mi, poz ha culpa de maao ha Martim Reimondo, e porque Affonso Martins Reimondo seu sobrinho, que era presente lhe dice que lhe poeria de praça has maãos, e ho corpo, por prova que seu tio nunqua taal dicera, e que lhe faria confessar, que nom dizia verdade, ho Ifante tomou a parte de Vasquo Paaes, e falou por elle palavras descompostas, e por Affonso Martins querer alimpar, e escuzar seu tio, hos do Ifante ho quizeraõ logo matar, e perante mi seem acatamento de minha pessoa ho fizeraõ, seem meu filho tornar a esso, como devera, consentindo em tamanha injuria, como ha mi era feita.

Ora vierão huns embuçadetes, e quizerão entrar por fôrça; ei-lo arrancamento na mão: derão huma pedrada na cabeça ao Anjo, e rasgárão huma meia calça ao Ermitão; e agora diz o Anjo que não ha de entrar, até lhe não darem huma cabeça nova, nem o Ermitão até lhe não pôrem huma estopada na calça. Este pantufo se perdeo alli; mande-o v. m. Domingo apregoar nos pulpitos; que não quero nada do alheio.

De Jacob ao bom filho Os máos matar quizerão: De conselho mudárão, Como escravo o vendêrão: José não corre a ser hum servo afflito: Vai subindo os degráos, por onde chega A ser hum quasi Rei no grande Egypto. Quem sabe se o Destino Hoje, ó bella, me prende, porque nisto de outros Mais damnos me defende? Póde inda raiar hum claro dia.

Outro, que no beber lançava a barra inda mais além que os acima escritos, tirou por divisa huma salamandra, passeando por cima de humas brazas de fogo; e a letra dizia: En el fuego vivo yo. Mas o pintor errando as letras, acertou de pôr: De fuego la bebo yo. Donde os praguentos quizerão adivinhar que este galante bebia Orraca de fogo. O demonio foi fazer tal êrro, para delle sahir tamanho acêrto.

E como aquelle, que se em tal êrro cahisse, não queria ser convertido em tão baixo animal e tão nojoso, dizia a sua letra assi em Castelhano: Si yo desobedeciere Á tu deidad santa y pura, En al mudes mi figura. Alguns praguentos quizerão dizer que esta letra era maliciosa, e que não queria dizer tanto desejar este galante de ser mudado em al, como que desejava almudes deste licor.

De tal modo que os Ecclesiasticos quizeraõ governar e governáraõ o Estado civil, pelas regras e pelas constituçoens dos Conventos e das Cathedrais, onde se vivia em communidade; onde os bens temporais eraõ em commum, onde as vontades e as opinioens tanto nas couzas celestes, como nas mundanas, eraõ e deviaõ ser conformes, poisque todos viviaõ debaixo da regra, e do mando de hum Prelado.

vimos de que modo os Bispos e os Papas quizeraõ governar as Monarchias pelas leis e pelas regras dos Conventos; agora veremos com que penas os castigavaõ; se eraõ com aquellas primitivas espirituais, que se reduzem a penitencia, ou as corporais, nos bens, na honra e na vida, como castiga o Estado Civil.

Compradas por um tal preço as licenças, e obtido privilegio, em 1572 sahio finalmente á luz este maravilhoso e desgraçado Poema, não como queria o poeta, mas como os sabios Censores quizerão que apparecesse; e póde ser que os muitos e notaveis erros de impressão que desfigurão as duas edições que nesse mesmo anno se fizerão, procedessem de que desgostado o autor de ver assim estragada a sua obra, não quizesse cansar-se com a revisão das provas.

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