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Atualizado: 15 de maio de 2025
O seu recorte altivo de águia em bronze amezendou: fôsse fadiga ou tédio. E num becejo vago, interrogou-me: Vai abrir-me a gaiola... mas p'ra quê?... P'ra quê?! P'ra que antes de morrer domine o espaço... p'ra sentir a vertigem do infinito... Eu?!... repetiu numa fleugma desdenhosa. Eu?!... Saír dêste poleiro, da gaiola? Não sou doida varrida por emquanto.
Porque hum pai de familias com despeza, Vendo os recursos todos em fraqueza, Se nas faltas, que sente, mais discorre, Chora, pasma, esmorece, abate, e morre. Ora seja em desconto de peccados, Irmos todos á cova entisicados! Eu vejo cambiar, vender dinheiro, Que põe quem compra, e vende de poleiro; E os pobres opprimidos, arrastados, Que estes são quasi sempre os cambiados.
Ha ahi alguem que não desgostaria dos votos de que eu disponho, e votar pelos que já estão no poleiro não sei se lhe diga que não é peor. O conselheiro, mortificado como estava, disse, sorrindo: Não posso convencer-me de que o meu amigo seja capaz de fazer isso por qualquer causa que possa dar-se. Mas deixe estar que, em relação ao que me diz, eu verei. Mau! Não é «eu verei». Então falo-lhe claro.
Trepado ao poleiro de S. Bento, todo o meu ideal era auxiliar lealmente a politica do meu partido, sem deixar comtudo de prestar algum serviço ás lettras portuguezas, que indirectamente me tinham levado lá. Tive mais trabalho em fazer vingar um projecto de minha iniciativa, estabelecendo a leitura nocturna nas bibliotheca publicas, do que aquelle que seria preciso para me fazer visconde.
Tudo lhe havia quitado descaroávelmente esta estúpida idéa da Rèpublica: os cincoenta mil reisitos que êle, mensalmente, ia ou mandava com tôda a pontualidade receber, a título dum amanuensado hipotético na Junta do Crédito Público; as bôas graças da sua apetecida noiva, a Laurita, filha dum acaudalado burguês e pelo pai abominávelmente educada, a qual agora, com o Afonso Costa no poleiro, já cantava tambêm de papo; e até, o seu pensamento hipócrita rematava, e até as nobres, as suavíssimas côres da bandeira de seus avós, êsse azul calmo e êsse branco ingénuo, símbolo irrefragável da alma nacional, ora via suplantadas por um vermelho de açougue e um verde de curral, duas tonalidades irreconciliáveis, duas côres ásperas, irritantes, heréticas, como punhais, como blasfémias.
Por ultimo optaram pela regencia una, e por então terminou a contenda; porém os partidos politicos, para os quaes vêr os seus contrarios no poleiro e vêr o diabo é tudo uma e a mesma coisa, começaram novamente a tecer os pausinhos.
Mesmo assim, como apito em larga praça Ou de folles qual gaita d'espavento, Ou mesmo o som alegre d'um pandeiro, Juntou em volta a si com mil gaifonas Um sem num'ro de ser's, todos galantes: Chegaram patos. Gallos e gallinhas Subiram a um poleiro que ali 'stava, E já d'altiva fronte, qual cegonha Ensinaram o seu mestre, lá piaram.
Sob o teimoso aguaceiro de tanta renda de casas, depennado, em meu poleiro, metto a cabeça nas azas. Cança o sorrir da ventura; o rigor da sorte cança; só por entre o que não dura vae sempre durando a esp'rança. Eu espero a moradia, onde de graça me acoite, no seio da terra fria; nas sombras da infinda noite!
De gloria, amor, coragem, fé ardente, De longas procissões, e de saude, De singelesa e paz vida contente! E o senhor Gloria aqui, n'um travesseiro Deita a cabeça, de pensar prostrado; O papagaio ri no seu poleiro, E a senhora sorri para o criado. Je suis son pére. Ninguem diria ao certo a edade que teria!
No collo da matrona dorme um gato No melhor somno commodo do mundo, Em quanto em baixo um cão grave e profundo, Contempla uns restos que inda estão n'um prato. O senhor Gloria falla, chocarreiro, Do seu cunhado Aleixo de Miranda; Lá fóra, um papagaio n'um poleiro Diz cousas aos burguezes, da varanda.
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