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Meus ais sentidos parecem golpes, que pedras commovem; mas como faiscas chovem de ti, que farei, oh penha, se o teu rigor mais se empenha e se os meus ais te não movem?

Eu não encontrava, nos sonetos do Vinho e Fel, a abstracção absorvente de Petrarcha, a paixão abrasadora como lava, o Vesuvio que vulcanisa o coração, reduzindo-o a cinzas. A Ironia andava de braço dado com o Amor, no lyrismo de João Penha, mais como um effeito pittoresco da Arte, suppunha eu, do que como a crua expressão da Verdade.

Pobre Manoel! elle foi o primeiro romantico do seu tempo, como João Penha foi, na phrase de Gonçalves Crespo, o ultimo estudante de Coimbra. N'aquella quadra, como na organisação artistica de João Penha, incluindo a sua modalidade de bohemio, ha um cunho brazonado de vieille roche das lettras.

Não descobria atravez das Rimas o typo constante, persistente, de uma mulher, embora se me affigurasse que de recordações avulsas e de perfis differentes creára o poeta o elemento feminino dos seus poemas. Nunca os versos de João Penha me deram, na taça do Vinho e Fel, a impressão de uma grande catastrophe psychologica, que lhe precipitasse a alma na voragem do scepticismo.

Eram o João de Deus, que estava ali; o Arriaga, que vinha todos os dias; o Anthero, que apparecia de quando em quando; o Simões Dias, o Candido de Figueiredo, o Guimarães Fonseca, o João Penha, a todo o momento falados, porém ausentes. Por signal, que a esse mesmo tempo Zeferino Brandão se lembrou de fazer annos, e nada menos que vinte e seis.

Mas quem se assenta em riba estranha, Longe dos seus, tem inda a lembrança: E inda no peito deixa Deus a esprança A quem á noute chora em erma penha. ! Não o é quem possue na terra um laço Um que seja que o prenda a este fadario, Uma crença, uma esprança... e inda um cuidado. Mas cruzar indifrente inertes braços, Mas passar entre turbas solitario, Isto é ser , é ser abandonado.

E que, ao ouvido da Tia Maria, João Penha, com o ar de uma discrição cheia de orgulho e de mysterio, segredava: Repita a dóse para um envergonhado, que está ali fóra... Na sombra do limiar, entreaberta a porta, João Penha esvasiava a segunda «taça», simulando passal-a á mão de um embuçado de melodrama.

Ha quinze dias, João Penha e eu, sentados no mesmo banco do americano, vinhamos do Senhor do Monte para Braga, e conversavamos de litteratura.

Critica litteraria: A viagem por terra do sr. João Penha. Verso: Lisboa negra, Confidencias, Evangelho, Não! mil vezes não!, Sim! mil vezes sim!, Sonho Garretteano, A Virgem do Castello e Outonaes. Theatro: Aldeia na Côrte, de collaboração com D. João da Camara. Th.

Quantas vezes não tenho eu ouvido recordar em Lisboa muitos dos epigrammas de João Penha, improvisos feitos nas aulas, como, por exemplo, o do Pinto Lambaça! Em , diante do Brito, lição Pinto Lambaça: Parece a voz do Infinito A sair d'uma cabaça! E aquell'outro apontado ao nariz vermelho de Tamagnini Encarnação?

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