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Atualizado: 28 de julho de 2025
Fernando Gomes chegava a Madrid um dia antes de vossa excellencia, em vez de estar na Irlanda procurando a senhora D. Paulina nos mosteiros; o conde de Rohan, chamado de França por a senhora D. Eugenia, veiu hospedar-se n'este mesmo hotel. E eu sempre vendido e enganado por ellas!... exclamou Bartholo.
Foi Paulina quem primeiro o viu, e trocou olhares de susto com Eugenia. Bartholo de Briteiros, que já muitas vezes admirara a inclinação mysteriosa da torre, estava mais attento nos palacios da praça, e, de relance, viu parado o portuguez. Aquelle não é o Fernando Gomes?! disse elle ás filhas. Parece... balbuciou Paulina. Quem? disse o marquez. Aquelle patricio em que eu te falei, primo Tavira.
O filho do artista, com o animo abalado pelas honradas admoestações de seu pae, optou pelo casamento judicial, sem prescripção da menor formalidade honesta. Paulina pendia mais ao parecer do secretario, e achava escusadas as demasias de probidade com que o noivo queria tratado o seu casamento. Assim mesmo Fernando reagia á vontade de Paulina, e dizia acceitar o plano da fuga em ultimo recurso.
Cheguei ao ponto de me perder no teu conceito, se não adduzir provas. Paulina vae ao caramanchão que está sobre o caminho, e d'alli fala a Fernando, ás horas em que tu dormes a sesta. Trocam-se cartas todos os dias. Estes factos são presenciados por quem os quer ver. Vi eu mesmo, depois que me avisaram. Reprehendi a prima Paulina, em termos de bom e zeloso parente e amigo.
Fernando já tinha ido. Ás affrontosas palavras do marquez de sobra respondera o silencioso desprezo do filho do artista: não obstante, o tom injurioso alanceara-lhe muito dentro o coração, por ter sido Paulina testemunha da zombaria.
Já arrancariam as trepadeiras que se entrançavam em redor das janellas do nosso quarto?» O que ellas queriam era ouvir falar de Portugal, de Lisboa, do seu palacio, e talvez das suas flôres. Conheceria Fernando as flôres que ellas tinham? Tem muitas saudades de Portugal? disse Fernando. Sempre... respondeu Paulina. E quem priva seu pae de voltar á patria?
Pegou d'uma arma, quando naturalmente largou a espada de folha de flandres, e a pistola de matar moscas... Paulina fitou os olhos em Fernando, e fez com elles e com os labios a mais ameigadora supplica de silencio e tolerancia. O condecorado das linhas do Porto sorriu-se, já perdida a côr, e fez um gesto mezureiro ás galhofas algum tanto colericas do fidalgo.
Fernando, porém, com o seu verdadeiro, e, por isso mesmo, timorato amor, ponderou como invencivel a vontade do pae, e inconquistavel a vontade de Paulina. Estava elle engolfado n'estes pensares, a distancia visivel das meninas. Eugenia chamou-o, e disse-lhe: O papá affligiu-o com as suas rabugices? Não, minha senhora: eu respeito a paixão do senhor Bartholo de Briteiros.
A senhora D. Paulina não verteu nem uma lagrima, e respondeu: «Irei para onde o pae quizer; não caso com o marquez, que é um villão». Que coragem a d'aquella menina! Depois fez-me um signal; e eu corri a participar-lhe isto.
Agora sou eu quem relega o assumpto que deste. Canta alguma coisa; quero ouvir-te o Fado triste... Vá lá, disse o Vagabundo, tangendo a guitarra que levantára da extrema do banco. E interrogando-se: Que lettra ha de ser? Será uma velha Cantiga, a ultima que me ouviu Paulina, em Villa Alva.
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