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Eu hei de sondar o conde. Póde ser que tudo se consiga sem processo judicial. O secretario procurou o conde. Fallou amplamente de Fernando Gomes, e das suas injustiças ao caracter de Paulina. O conde mostrou sympathisar com o caracter do portuguez, e disse: Eu fallarei a meu sogro.

O conde inferiu que Paulina estava cançada das virtuosas, incomprehensiveis e fastidíosas singularidades de Fernando. E assim, muito á puridade, o communicou ao secretario. Bartholo chamou Paulina, e mostrou-lhe cartas de Lisboa. A importancia d'estas cartas ha de ressumbrar na seguinte, que ella escreveu a Fernando: «Meu querido amigo. «Nem a cegueira do amor me engana.

Paulina amara Alvaro ardentemente; mas o traidor, longe de sanctificar aquelle amor com uma união licita, prostituiu torpemente a victima indefesa de seus nefastos designios, sempre indifferente ás suas agonias e ás suas dôres.

Elle não quer! disse Eugenia Tanto lhe temos pedido! Responde nos sempre que volta a Portugal com o sr. D. Miguel... Quando irá o sr. D. Miguel, sabe? Não sei, minhas senhoras... Parece-me que o sr. D. Miguel não pensa em voltar... Não?! atalhou Paulina E o papá a dizer que sim!... Então nunca tornaremos! Tornam, tornam. A final o pae de vossas excellencias vae sem a companhia do sr.

Paulina convidara Fernando a um colloquio nocturno, na vespera do dia em que havia de ser requerido o deposito. Este convite fôra-lhe suggerido pelo secretario da legação, que antevia mau desfecho do negocio tratado com pannos quentes.

Francisco Lourenço, quasi sem ponderar o valor da pergunta, disse a Fernando: Essa senhora sabe de quem és filho? Nunca m'o perguntou... Nem tu lh'o dirias... mas tens tu reflectido n'este ponto? A senhora D. Paulina de Briteiros amar-te-hia se lhe tu houvesses dito que teu pae é o sapateiro da calçada do Sacramento?

Eu logo te disse atalhou Eugenia que não fazias bem em falar com tanta soberba, quando elle te reprehendeu... Fiz muito bem! desenganei-o: está desenganado para sempre... Agora tudo que elle fizer são indignidades, e cada dia, e cada hora, hei de abominal-o mais. Aqui tem a leitora bem significada Paulina n'este conhecido verso: Ás vezes branca nuvem cospe um raio!

E voltando-se a Paulina, disse-lhe: Lembras-te, filha?... Ha vinte e dois annos, feitos em cinco de janeiro, que tu apeaste n'este mesmo sitio... Foi aqui... Minha mãe e eu levámos-te em braços para aquella pobre salinha dos meus livros. Recordas-te, Paulina? A senhora, com os olhos turvos de lagrimas, apertou a mão do marido, que lh'a beijou sem pejo de seus filhos.

O conde de Rohan está hospedado na embaixada franceza. O que o conde quer não sei; o que Fernando deseja é que a senhora D. Paulina entre pacificamente n'um convento, e de instaure um processo para vossa excellencia ser ouvido na questão de consentimento para matrimonio.

Penso que sim... E de que serve?!... Este amor que o pae nos tem, é uma prisão! Todas as meninas da nossa idade tão felizes!... e a gente n'esta melancholia, a dominar as inclinações... para o não desgostar! Os outros paes não se importam. A gente tanta gente alegre com seus maridos! pois não ? Pois sim; mas tu que queres, Paulina? O pae não nos deixa casar...