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Atualizado: 4 de outubro de 2025


Mas uma tarde, ao escurecer, tendo cerrado os olhos, pareceu-me sentir sob as chinelas um chão firme, chão de rocha, onde cheirava a rosmaninho: e achei-me incomprehensivelmente a subir uma collina agreste de companhia com a Adelia, e com a minha loura Mary que sahira de dentro do embrulho, fresca, nitida, sem ter sequer amarrotado as papoulas do seu chapéo!

D'hum crystallino orvalho tinha o manto, Quando entrou nelle o misero pastor, E as tenções explicou neste seu canto. Ó bellas rosas, vós que sois amor, He por dita humildade, ou he baixeza, O ter apar de vós murta, que he dor? Papoulas conversais, que são tristeza! Não desprezais o cardo, que he tormento! Admittis a hortelãa, sendo crueza!

A dôce Maricoquinhas, á porta do Hotel, ao lado d'Alpedrinha, linda sob o chapéo florido de papoulas, fazia esvoaçar tambem o seu lenço amoroso e acariciador: e um momento estas duas cambraias brancas sacudiram uma para a outra, no ar quente, o ardor dos nossos corações. Depois eu cahi sobre a almofada de chita como cae um corpo morto...

Um espelho de crystal de Veneza, onde os amores brincavam com frechas e carcazes, coloridos sobre o vidro, por mãos de fadas, entre um rosal de perfeito esmalte, n'um berço de verdura e de papoulas, encaixilhado em ebano, aberto a buril, nos cantos, em prata dourada, repousava sobre uma farda de archeiro, coeva dos devaneios da côrte de D. João V, e reliquia marcial, talvez, dos delirios asceticos do mosteiro de Odivellas.

Em divans esplendidos, Cruzadas as pernas, Fuma, horas eternas, O ardente Sultão. Subindo-lhe ao cerebro O magico aroma, Esquece Mafoma, Houris e Alcorão. Longe, oh! longe o opio, Que os sonhos deleita Da misera seita Dos Theriakis! Horror ao narcotico Que vem das papoulas! E ao que arde em caçoulas, No altar do Caciz! Que a raça gentilica Das zonas ardentes Consuma as sementes Do arabio café.

Musa, eu quero ir ó gigantesco enleio Dos litt'ratos, que chamam de mão cheia; Eu quero o meu candil levar em punho Á festa, que de si é uma epopeia. Por isso, ó Musa, ó nume encantador! Ó sombra indefinivel de mulher! Não me deixes a mente aqui dormir, Leva-me á festa, quero viver. Vem, tu, que a tantos gloria has dado e nome, De papoulas a minha fronte ornar.

Mas, todo purpuro a sahir da renda Dos teus dois seios como duas rolas, Era o supremo encanto da merenda O ramalhete rubro das papoulas! Mais morta do que viva, a minha companheira Nem força teve em si para soltar um grito; E eu, n'esse tempo, um destro e bravo rapazito, Como um homemzarrão servi-lhe de barreira!

Palavra Do Dia

encaixilhavam-se

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