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Por isso agora as minhas precauções eram tão apuradas que, para evitar me ficasse na roupa ou na pelle o delicioso cheiro da Adelia, eu trazia na algibeira bocados soltos d'incenso.

Eu ia enfiar as botas; e, authorisado agora por ella a recrear-me fóra de casa até ás nove e meia, corria ao fim da rua da Magdalena, ao do largo dos Caldas. Ahi, com resguardo, encolhido na gola do meu sobretudo, cosido com o muro, como se o candieiro de gaz que alli havia fosse o olho inexoravel da titi penetrava sofregamente na escadinha da Adelia... Sim, da Adelia!

Tudo isto fazia com que Laura podesse ser uma rival terrivel. Mas socegou em breve, vendo o aspecto modesto e simples da viscondessa, que apenas parecia desejar não dar nas vistas, occultar-se na sombra. A formosa Adelia foi desde logo indulgente e quasi amiga de Laura. A viscondessinha é encantadora! disse ella.

Quantos domingos, n'esses tempos carnaes em que a Adelia, sol da minha vida, me esperava na travessa dos Caldas, fumando e em camisa não maldissera eu a lentidão das Missas e a monotonia dos Septenarios!

Estivera passando esse mez no Alemtejo, com seu tio, ricaço illustre, o barão d'Alconchel. E agora, de volta, ia vêr uma Ernestina, rapariguita loura, que morava no Salitre, n'uma casa côr de rosa, com roseirinhas á varanda. Queres tu vir um bocado, ó Raposão? Está outra rapariga bonita, a Adelia... Tu não conheces a Adelia? Então que diabo, vem vêr a Adelia...

E do fundo, d'entre os cortinados, onde eu a presentia toda desalinhada e formosa, a minha Adelia gritou com furor: Atira-lhe para cima dos lombos o balde da agua suja! Fugi.

O candieiro de petroline, pousado no soalho do patamar, enchia a escada de luz; e dei com a Adelia, em saia branca, fallando a um rapaz de bigodinho louro, embrulhado pelintramente n'uma capa á hespanhola. Ella empallideceu, elle encolheu quando eu surgi, grande e barbudo, com a minha bengala na mão.

Quanto tempo mais teria de rezar com a odiosa velha o fastiento terço, de beijar o do Senhor dos Passos, sujo de tanta bocca fidalga, de palmilhar novenas, e de magoar os joelhos diante do corpo d'um Deus, magro e cheio de feridas? Oh vida entre todas amargurosa! E não tinha, para me consolar do enfadonho serviço de Jesus, os macios braços da Adelia...

Sou eu, abre. Reconheceu-me a luz dentro desappareceu; e foi como se aquella torcida de candieiro, apagando-se, deixasse tambem a minha alma em escuridão, fria para sempre e vazia. Senti-me regeladamente , viuvo, sem occupação e sem lar. Do meio da rua olhava as janellas negras, e murmurava: «ai, que eu rebentoOutra vez a camisa da Adelia alvejou na varanda.

D'ahi a dias estando no Montanha, regalado, a gozar uma carapinhada o criado veio avisar-me que uma mocinha trigueira e de chale, a snr.^a Marianna, esperava por mim á esquina... Santo Deus! A Marianna era a criada da Adelia. E corri, a tremer, certo de que a minha bem-amada ficára soffrendo da sua abominavel dôr na sua branca ilharga.

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