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E em quanto o vento forceja, E no mar, que em flor rebenta, Meu fraco lenho veleja, Demando, em tanta tormenta, Por porto a Casa de Angeja; Surgi em lugar seguro, Onde achei mil acolhidos; Clareou o dia escuro; E meus molhados vestidos Pelas paredes penduro; De meu fado a força dura Foi hum pouco enfraquecendo; E ainda que em sombra escura, Vem-me ao longe apparecendo O bom rosto da Ventura;

Surgi do canto obscuro aonde o casto seio Palpita ingenuo e bom na paz da solidão, E o vosso amor levae á opera e ao passeio A fim de que elle arranque um bravo á multidão! E eu heide rir ao ver que o peito onde um thesouro Maior do que nenhum podemos encontrar, Intenta seduzir pela medalha d'ouro Que aos pequenos heroes os reis costumam dar!

Casae co'o vosso int'resse o int'resse alheio. Mil vezes sua voz reconhecida rogará paz ditosa aos vossos netos, quando, serena a mente, e sôlta a vista fôrem divagar, ora embebidos nos psalmos, nos poeticos arrojos, ora admirando o Autor e o dos mundos, no largo azul dos ceos, no alto dos troncos e no zumbir e no voar do insecto. ¡Surgi! ¡surgi! jazem as enxadas. Velhos, surgi!

Que aérea multidão! que virginaes choreas! Meu velho coração, pois que inda te incendeias Não é melhor ceder? sim, sim, rejuvenesce! D'entre as nevoas surgi, visões do tempo antigo! Sim, levae-me tambem no vosso bando amigo, Levae-me aonde ha luz e cantos, e alvorece!

Apparecei, sonhos da mocidade! Surgi de novo, ó santas crenças da minha vida! Porque é que, com os primeiros raios do amor, desapparecem as alegrias primeiras, os indiscretos descuidos da infancia, os mimosos cantares da meninice?

O candieiro de petroline, pousado no soalho do patamar, enchia a escada de luz; e dei com a Adelia, em saia branca, fallando a um rapaz de bigodinho louro, embrulhado pelintramente n'uma capa á hespanhola. Ella empallideceu, elle encolheu quando eu surgi, grande e barbudo, com a minha bengala na mão.

Agua, se ha agua no universo, o que elle mal presente, quer vel-a jorrar inexgotavel entre as suas mãos, cheia de scintillações e murmurios; montes, se ha montes, quel-os subir e calcar sob os pés; e as arvores, e o ceo, e as mulheres com toda a sua immaterialidade de flor. O pequename !... Da terra não conhecia nada, quando eu surgi. Mal entreviu o universo para logo se emparedar.

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