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E enviou el-rei Dom Pedro a cabeça de el-rei Vermelho, e dos outros trinta e sete, a el-rei Mafoma de Granada, e elle enviou-lhe alguns captivos. E posto que el-rei Dom Pedro dissesse muitas razões a colorar este feito, por mostrar que o fizera sem encargo de sua consciencia, todos os seus o tiveram por mui grão mal, e lhes prouvera muito de não ser assim.

Acharam graça á comparação os bons dos saloios e o João da Agualva proseguiu d'esta maneira: Mas as cousas não ficaram por aqui, porque no anno de 756 appareceu de repente em Hespanha gente nova. Eram os mouros. Esses, em vez de vir do norte, vinham do sul. Seguiam uma religião nova, a de Mafoma. Não eram uns selvagens, como tinham sido os visigodos. Traziam uma civilisação, e das mais apuradas.

Por isso a lucta que se travou foi medonha: civilisação contra civilisação, Jesus contra Mafoma. Primeiro venceram os mouros. Na batalha do Guadalete foram os visigodos vencidos, e morto o seu rei Rodrigo. Em pouco tempo tinham os mouros tomado toda a Hespanha. A nossa terra foi tambem para elles.

Atheus professos clamavam contra a irreverencia; gentes que não teem religião, nem a de Mafoma, bradavam pela religião: entravam a pôr carapuças nas cabeças uns dos outros, cahiam depois todos sôbre o poeta, e se o não podessem inforcar, pelo menos declaravam-n'o republicano, que dizem elles que é uma injúria muito grande.

Então lhe fallou um mouro por el-rei de Granada, dizendo entre outras cousas, que bem se poderia defender de el-rei Mafoma, que era seu contrario, mas d'elle, que era seu rei e senhor, não se podia defender, e que, havido conselho sobre isto, o melhor accordo que achara era pôr-se em seu poder e mercê, á qual pedia que tomasse aquelle feito em sua mão, e que o punha em seu juizo, e que, se sua vontade era de outra guisa, fosse sua mercê de mandar pôr, elle e os seus, além mar em terra de mouros.

Presumo, todavia, que Vieira Godinho não logrou colligir todas as poesias do seu amigo. A Satyra, que o leitor acabou de lêr, pertence a outro codice. Tambem possuo da letra de José Anastacio a versão muito emendada do 1.º e 3.º acto do Mafoma de Voltaire. Diz uma nota de Pereira e Sousa que aquelles mesmos papeis estiveram no cartorio da mesa do santo officio.

Aqui verieis os esculcas a aninharem-se nas guaritas das torres; os roldas e sobre-roldas a fugirem pelos adarves; os facheiros a sumirem-se debaixo das almenaras: os hadjis a acolherem-se ás mesquitas molhados até os ossos; as velhas, que tinham saído ao vozear do almuhaden, levadas pelas torrentes das ruas tortuosas e estreitas, bradando por Mafoma e por Allah. E a agua cahindo cada vez mais!

As cotovias cantavam quando elle, em aspero trote, penetrou por essa brecha, entalada entre escarpas de penedia e urze, que chamam a Racha do Moiro, desde que Mafoma a fendeu para que escapassem as adagas christans de El-Rei Fernando, o Magno, o Alcaide moiro de Coimbra e a monja que elle arrebatára á garupa.

Em praticas o Mouro diferentes, Se deleitaua, perguntando agora, Pelas guerras famoſas & excelentes, Co pouo áuidas, que a Mafoma adora: Agora lhe pergunta pelas gentes De toda a Hispheria vltima, onde mora: Agora pelos pouos ſeus vezinhos, Agora pelos humidos caminhos.

A grande peninsula indostanica, esse theatro de tantas glorias nossas, é pintada assim: Alem do Indo jaz, e aquem do Gange, Um terreno mui grande e assaz famoso, Que pela parte austral o mar abrange E para o Norte o Emodio cavernoso; Jugo de Reis diversos o constrange A varias leis; alguns o vicioso Mafoma, alguns os idolos adoram, Alguns os animaes, que entre elles moram.

Palavra Do Dia

resado

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