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Atualizado: 3 de junho de 2025
Pela escada vê se a enfermaria onde os lampiões em fila dão uma claridade triste, que mostra os corpos moldados em branco, cahidos nos leitos: parece uma necropole subterranea e immensa. Se fosse luar... Ha que tempos que não sinto o luar. Era como um ruido branco que me envolvia outrora na floresta. Neva ás vezes luar. E havia ainda outras vozes... Sempre se sonha, quando certas noites nascem!
Entre o Neva abundante e profundo a espraiar-se n'um amor barbaro, insaciavel de terra, ao fundo d'essas planicies infindas povoadas de florestas e aldeias, para encerrar a corôa que liga as neves do Himalaya ás neves do Baltico era necessaria uma cidade, cuja vastidão eclipsasse todas as capitaes do mundo. Ruas, igrejas, palacios, pontes e caes, tudo é d'uma largueza unica.
Deixamos em Moscow uma cidade, producto espontaneo, e portanto caracteristico, do genio d'um povo em cujo sangue se amalgamam differentes raças, e em S. Petersburgo vamos encontrar a capital d'um grande imperio consciente da sua grandeza; a primeira é uma construcção historica, a segunda a revelação do pensamento e dos sonhos d'um imperador. A igreja da Assumpção, no Kremlim, na sua pequenez, com a profusão dos seus adornos e do seu ouro, é gigante como documento da concepção artistica do moscovita; Santo Isac, de Petersburgo, com os seus monolithos de vinte metros de altura, singela, sobria e grande, foi traçada por um francez e, se demonstra alguma coisa, é a victoria da architectura greco-romana em todo o mundo civilisado. Aquella infinita variedade de fórmas e de linhas em que se fundiam ou baralhavam a China, a Persia, o Oriente e a Italia, perdeu-se nas margens do Neva, entregues á imitação do occidente; e emquanto Moscow parece ter sahido da terra como o desenvolvimento natural e facil dos germens que continha, S. Petersburgo mostra uma vontade, um esforço de adaptação a habitos, costumes e fórmas estranhas, reflectidamente julgados melhores.
Que haja logares no mundo, em que tudo é ás avessas, as arvores estendem para baixo seus ramos, e chove e neva de baixo para cima? A ideia da redondeza da terra deu nascimento á fabula dos antipodas, com os pés para o ar. Cahidos os philosophos pagãos nessa crença extravagante, de absurdos passam a absurdos, e para defender uns, inventam outros.» Nada ha que estranhar nessas ideias.
Sobe hum rio em Marly, corre hum penhasco Á ribeira do Neva, e a baze fórma Da colossal, prodigiosa móle, Que representa o creador de Imperio, Que hoje a razão defende, o crime insulta.
Fixo a carne, spectral, como ante inerte frizo de sombras, a nudez, linha esquecida em riso sobre chammas, cruel, Joia dos calafrios! Um horror de ónix néva entre os meus dedos frios!
O que é certo é que alguem se ha de enganar ácerca do desfecho da lucta, ou nós, ou esse grupo, essa cousa, que por ahi anda a ajunctar quanto pó e podridão ha no cemiterio dos seculos e a tentar insufflar-lhe vida; essa cousa hedionda, que, incapaz das ambições grandiosas, do despotismo esplendido da Roma de Gregorio VII; repellida pelo evangelho que ella desmente, fulminada pela philosophia que ella detesta, depois de apurar as suas doutrinas espirituaes nas fontes catholicas das margens do Neva, vem refocilar-se para a peleja, e desafiar a justiça de Deus e dos homens atraz dos olhos buliçosos da madona de Frosinone.
Que valem Frederico II ou Pedro o Grande, que vale Luiz XIV, que valem Condé ou Turenne ou Luxemburgo, que valem Colbert ou Vauban, que valem Guilherme d'Orange, ou Malbourough, que valem Walenstein ou Carlos XII ao pé d'este homem estranho, homem do destino, que reuniu em si, a todas as qualidades brilhantes do guerreiro, as qualidades solidas do administrador; que foi legislador e soldado, que dominou e venceu a anarchia, que levou atravez do mundo inteiro, do Sena até ao Neva e do Tejo até ao Vistula a idéa da Revolução, de que elle foi a formula tangivel, o propheta feito homem, a representação concreta e o visivel symbolo?!
Ha pedintes cegos de inspiradas frontes, Com estrellas n'alma, com visões mentaes, Que atravessam rios, que vão dar com fontes, Que andam por agrestes, solitarios montes, Sem errar a estrada, sem cahir jamais!... Pelos bosques ermos, onde venta e neva, Com os seus farrapos mais o seu bordão, Marcham por milagre na continua treva... Oh, dizei, dizei-me quem os guia e leva?
Manfredi, e Grandi, e Nicolai, de assombro Enche do Neva, e do Danubio os sabios; Não mais, não mais a progredir se atreve O grande Imperio da sciencia exacta.
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