Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 20 de junho de 2025


Na idade do Gonçallinho Jervis, toda a alma é pouco mais ou menos como o rouxinol da novella: esgota-se cantando. Eu não sei se seriam rouxinoes as aves que na cêrca do convento de Bemfica provocaram a desafio os homens, chegando uma d'ellas a morrer extenuada.

Promettemos no antedecente artigo dar uma brevissima idéa d'esta primeira novella de cavallaria: cumpri-lo-hemos aqui, tocando depois um ponto em que de proposito deixámos de falar, e vem a ser a célebre questão acêrca de saber se esta novella é obra de um auctor português, hespanhol, ou francês.

Dolorosa novella desmanchada, E que nos deixe pallidos e absortos, Onde nos digas, grande camarada, O gordo amor de brazileiros mortos! Os Amorosos, que se vão chorando Á porta do convento, e amortalhar-se... Com habitos de terra aconchegando Os esqueletos de ossos a chocar-se...

Este romance, que, segundo nossa lembrança, existe manuscripto na Bibliotheca Nacional de Paris, é com toda a probabilidade, o original da novella portuguesa. Eis o que temos podido alcançar acêrca dos romances de cavallaria em Portugal, durante o seculo XV. Outros mais habeis e mais felizes terão chegado a maior profundidade com as suas indagações.

E então Gonçalo percebeu a densa chuva que alagava a quinta, e a que elle, embebido na sua gloria, passeando pela livraria n'um luminoso rolo de imaginações, não sentira o rumor sobre a pedra da varanda, nem sobre a folhagem dos limoeiros. Para se calmar, occupar a noite encerrada, deliberou trabalhar na Novella.

Porfim, e quasi no extremo da parte da rua pertencente á freguezia da Magdalena, o «Grafeo», isto é, o livreiro-editor Francisco Grapheo, em cujo estabelecimento se vendia a novella Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro, impressa em Colonia, em 1559, e uma das muitas edições da Diana, do nosso Jorge de Montemor, ao qual ainda não chegara a hora de ser incluído nos Indices expurgatorios das duas Inquisições peninsulares.

E tu devias acabar a Novella... Até convem que, antes d'entrares na Camara, appareça um trabalho teu, um trabalho serio, d'erudição forte, bem portuguez... Pois convem! concordou vivamente Gonçalo. E á Novella falta o Capitulo quarto.

Era com esse sombrio feito do seu vago avoengo que Gonçalo Mendes Ramires decidira em Coimbra, quando os camaradas da *Patria* e das ceias o acclamavam «o nosso Walter Scott», compôr um Romance moderno, d'um realismo épico, em dous robustos volumes, formando um estudo ricamente colorido da Meia-Edade Portugueza... E agora lhe servia, e com deliciosa facilidade, para essa Novella curta e sobria, de trinta paginas, que convinha aos *Annaes*.

Então Gonçalo, sensibilisado, atirou á meza um murro que tresmalhou as tiras da Novella: Ora se uma cousa d'estas se atura! Um homem que me quiz matar! E agora, por cima, é sobre mim que desabam as lagrimas, e as scenas, e a creança doente! Não se pode viver n'esta terra!

E, attento ás paginas marcadas n'um tomo da Historia d'Herculano, esboçou com segurança a Epocha da sua Novella que abria entre as discordias de Affonso II e de seus irmãos por causa do testamento d'El-Rei seu pae, D. Sancho I. N'esse começo do Capitulo os Infantes D. Pedro e D. Fernando, esbulhados, andavam por França e Leão.

Palavra Do Dia

impede

Outros Procurando