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Atualizado: 3 de junho de 2025


Nenhum pastor subira com o rebanho áquellas cumiadas, sempre escondidas na negridão da nevoa, e perigosas se o lobo uiva faminto. Quando o tempo estiou, quem denunciára o cadaver disforme no rosto fôra uma revoada de corvos que crucitavam pairando sobre os restos do seu banquete disputado ás feras. Contava-se assim o caso em Famalicão.

Pouco a pouco no horisonte Foi rompendo a nevoa densa; Era a vida, a luz, o dia, Aquella alegria immensa, Que no murmurar da fonte, No perfume da campina, Na brisa e na voz divina Do amoroso rouxinol, Seduz, arrebata, inspira, Quando acorda a terra em canticos, Aos raios vivos do sol!

Todo me dou em sacrificio á tua Imagem que eu adoro. Sou branco incenso á triste luz da lua: Eu sou, em nevoa, as lagrimas que choro... Minha alegria foi no teu caixão; Deitou-se ao de ti, na sepultura, A fim de acalentar teu coração E tornar-te mais branda a terra dura. Por isso, é para mim consolação Esta sombria dôr que me tortura!

é o outro, é o da ilha incoberta onde está elrei D. Sebastião, que não morreu e que hade vir um dia de névoa muito cerrada... Que elle não morreu; não é assim, minha mãe? *Magdalena*. Minha querida filha, tu dizes coisas? Pois não tens ouvido, a teu tio Frei Jorge e a teu tio Lopo de Sousa, contar tantas vezes como aquillo foi? O povo coitado imagina essas chymeras para se consolar na desgraça.

Aqui começa a feitiçaria, o encantamento em que essa serpentina bruxa me colheu, polarizando o meu desejo p'rò seu corpo elástico e felino, como se as suas mãos de pianista me corressem na medula, e os seus olhos de névoa me perdessem em hipnose. De corpo e espírito era flexivel como uma chama ao vento.

Sou a noite em que o mundo se consome: As cousas mais humildes e sem nome, As estrelas, os Deuses, tudo quanto Se amortalha na sombra do meu canto Que chora a sua eterna imperfeição! Sou tempestade, noite, solidão, O frio esquecimento, A sombra do luar bailando com o vento, Um gemido de nevoa, uma ternura, um ai, Phantasma d'uma lagrima que cáe. Ó triste solidão que me rodeia!

Abrumados de ouro os montes, em duros perfis, esmaltavam de negro o horizonte abrazado. Abriam-se as primeiras estrellas. Subiam da terra, como o fumo das aras, pannos alvos de nevoa. Pelos caminhos esbarrondados, em aspero acclive, beirando grotas espontadas de cardos, cantaro ao hombro, as tunicas arrepanhadas á cinta, desfilavam donzellas conversando e rindo.

Prostrei-me a rogar então; E essa estrella de bonança, Essa casta divindade, Risonha irmã do infortunio, Companheira da saudade, Que o mundo chama Esperança Senti-a no coração! Com aquelle sol explendido Que rompêra a nevoa densa, E com a alegria immensa Do mar, da terra, e dos ceos, Quiz de novo a Providencia Que eu visse nos olhos teus O mundo, a luz, a existencia!

Pessoas que leram os Quadros historicos de Castilho, e n'elle o rimance da Nazareth, sabiam, além d'aquillo, que este caso milagroso occorrera n'uma fresca manhã de setembro, e que o rochedo do milagre estava pendurado sobre o oceano na altura de duzentas braças. Rompeu-se com o sol a nevoa, E ao resplendor que luziu, Sobre penha, que duzentas Braças pende ao mar se viu

Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, Sou a irmã do Sonho, e desta sorte Sou a crucificada... a dolorida... Sombra de névoa ténue e esvaecida, E que o destino amargo, triste e forte, Impele brutalmente para a morte! Alma de luto sempre incompreendida!... Sou aquela que passa e ninguem ... Sou a que chamam triste sem o sêr... Sou a que chora sem saber porquê...

Palavra Do Dia

carôço

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