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Não permitia Deus que a sua preciosa semente se perca d'este modo; que a acceite um pequeno torrão de terra, e que em vez de produzir os bellos frutos do Senhor, a maior parte do seu campo, ou quasi todo elle, continue a desatar-se em cardos e espinhos. Afugentemos as aves d'esta preciosa sementeira.

E a minha alma prendeu-se nessas nuvens, com elas rastejou meu coração, esmolando dos céus que o redimissem naquela alvura em que remiram os montes e os cardos e os espinhos mais agudos!

Ainda hontem eu lia n'um jornal do Porto, que por fim, segundo se descobriu, são as minhocas que estrumam e lavram a terra, antes de chegar o lavrador e os bois com o arado. Até as minhocas são uteis. Não ha nada inutil... Eu tinha na residencia uma porção de cardos a um canto da horta, que me affligiam. Pois reflecti e terminei por me regalar com elles em xarope.

As esculpturas dos cardos postos nas linhas inclinadas, as folhas de repolho encrespadas, e outras molduras similhantes, ornavam os portaes em ogivas, e algumas vezes tambem as cornijas. As paredes divididas em almofadas guarneciam parte d'ellas.

Segui de olhos vendados a ilusão. Para que não visse a aspereza do meu trilho, para me guardar de espectros que o assaltam, para me ocultar torpezas dêste mundo, cegou-me e desviou-se do caminho, juncado de cardos, em que um ríspido destino me trazia. Ergueu-me em suas azas e levou-me

Abrumados de ouro os montes, em duros perfis, esmaltavam de negro o horizonte abrazado. Abriam-se as primeiras estrellas. Subiam da terra, como o fumo das aras, pannos alvos de nevoa. Pelos caminhos esbarrondados, em aspero acclive, beirando grotas espontadas de cardos, cantaro ao hombro, as tunicas arrepanhadas á cinta, desfilavam donzellas conversando e rindo.

Aos pés os classicos por almofada tinha. As outras musas estavam acocoradas sobre grossos montões de pardas papelladas. Eram como gallinhas: estavam no chôco chocando muito poema, tal como este, ôco. Em mochos de pinho vil, os modernos bardos sobraçando mais pennas que no campo ha cardos, com carga de papel manteigueiro, barato, como o grosseiro alarve d'um burguez pacato.

Pampanos, silveiraes, cardos, ortigas, rosas, Plantas meigas de idilio e plantas tenebrosas, A mandragora, a murta, a madresilva, o feto, Tudo isto a latejar, a fecundar, repleto, N'um emaranhamento anarchico pulula Doido de sol, febril de seiva, ebrio de gula!

E agora, com o oculo, eu era o pelintrissimo Raposo de botas cambadas, sentindo em roda, negros e promptos a ferirem-me, todos os cardos da Vida... E tudo isto, porque? Porque um dia, na estalagem d'uma cidade da Asia, se tinham trocado dois embrulhos de papel pardo! Não houvera jámais zombaria igual da Sorte!

No entanto, a água que êle costeava era mais baixa, turva e tarda. na sua largueza não verdejam ilhas, nem nela se molha a orla das fartas pastagens. Para alêm, sem limite, fundidas nas neblinas, fogem descampadas solidões, de onde rola um vento lento e húmido. Nosso Pai venerável enterrava as patas em ribas moles, através de aluviões, de lixos silvestres, em que chapinavam, para seu intenso horror, enormes rãs coaxando furiosamente. E o rio em breve se perdeu numa vasta lagôa, escura e desolada, resto das grandes águas sôbre que flutuara o Espírito de Jeová. Uma tristeza humana apertou o coração de nosso Pai. Do meio de grossas bôlhas, que se empolavam na estanhada lisura da água triste, constantemente surdiam horrendas trombas, a escorrer de limos verdes, que bufavam ruidosamente, logo se afundavam, como repuxadas pelos lôdos viscosos. E quando de entre os altos e negros canaviais, manchando a vermelhidão da tarde, se elevou, se alargou sobre êle uma nuvem estridente de moscardos vorazes, Adão foge, estonteado, trilha saibros pegajosos, rasga o pêlo na aspereza dos cardos brancos que o vento estorce, resvala por uma encosta de cascalho e seixo, e pára em areia fina. Arqueja: as suas longas orelhas remexem, escutando, para alêm das dunas, um vasto rumor que rola e desaba e retumba...