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Dorme além a cidade ainda prostrada da tenebrosa orgia que a desvaira. No dissipar de pálidas neblinas, que a madrugada rasga pouco a pouco, irrompem, lentamente, as sombras orgulhosas dos palácios em que o luxo entorpece seus filhos corrompidos e enfermos, de alma e do corpo, por suas vãs loucuras tão cruéis.

Mas a Casa Mourisca continuava a attrahil-a. De noite á claridade vaga do luar, ás tardes quando os ultimos e desmaiados raios do sol lhe tremiam na fachada ennegrecida, de madrugada, no meio das neblinas do rio, que phantasticamente o envolviam, a todo o momento emfim, as encantadas memorias da infancia de Bertha adejavam sobre o deserto solar, e as saudades, evocadas por ella, como que se lhe levantavam do coração a encontral-as.

E as nuvens que até ahi tinham assombreado o ceu da sua união pareciam-lhe agora desfazer-se, como as neblinas tenues da manhã, deixando clarear um horisonte aberto, d'uma grande pureza luminosa.

Nuvens distantes, rubras, singulares, Formas vagas... neblinas pardacentas, Velhos musgos... azul... cousas nevoentas Sois causas de phantasticos pesares! Quem não terá scismado em suas magoas E amado as cousas mysticas, celestes, Por um luar calado sobre as aguas E um choroso sol posto entre os cyprestes!

E ao mesmo tempo, quando a aurora repontava do seu leito de neblinas frigidissimas, Venceslau concluia o seu artigo do Astro, friccionára as mãos gelidas, deitava-se no enxergão ingrato ao longo repouso, e não podia conciliar o somno com a febre cerebral do longo trabalho. Ah! os justos dormem bem quando... não tem que fazer. Sempre bom, sempre douto, sempre amigo Da honra e da virtude.

Oh Graça que desceste á Terra por encanto, Granitos que, ao luar, sois brancos alabastros, Ramos verdes, á noite, onde estremecem astros, Meu canto vem de vós, é para vós meu canto! Fraguedos, serrania, Do alto de vós olhando, Tolhidos de invernia, Alados de neblinas!

Diogo Gomes põe as lusas quinas, Em Cabo Verde essa africana porta Como se as hasteasse nas campinas, Onde não houve nunca esperança morta. Rasgam-se as nuvens densas de neblinas, Ante o fervor, que o heroismo exhorta, E á bahia d'Arguim o accesso expande A maritima audacia, e ao Rio Grande!

Mais alta que os clamores da inundação, uma outra voz me ergue no desejo de que a «tua vontade seja feita, quer nos céus, quer na terra», eternamente. Entardecer de outono tépido e quieto!.... O sol baixa ao poente, brandamente, em seu rubor velado de neblinas. A soberba do Estio esmoreceu. manchas desbotadas sobre os campos; empalidecem vinhas e pomares.

Apenas no poente, sobre o mar, ocultando o limite das suas águas, vagueavam em sonhos, arrastadas, nesse perpétuo e incerto devaneio, que é seu destino e glória, as comas violáceas das neblinas. Mas, humildes, deixavam conquistar-se pelos fachos da luz que além rompia.

Em êxtase de luz rompe a manhã. Seus clarins sonoros de alvorada despertam o povoado, a serra e as águas. Dos salgueirais curvados sobre o rio erguem-se mansas neblinas, castas, sacrificando ao sol toda a pureza. Os píncaros severos da montanha desprendem da escuridão da noite a fortaleza. E na oficina e nos lares acordam fumos de carinhos e penas e trabalho.

Palavra Do Dia

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