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Quando no azul do céo cantava a cotovia, Aos primeiros clarões vibrantes da alvorada Transportava ao casebre o leite da manada, Acordando, a assobiar e a rir pelos caminhos, Os lebreus nos portaes e as aves nos seus ninhos.

Os lamuriantes da edade média talvez digam que, apezar das galhofas audazmente esculpidas nos portaes e córos das egrejas, esses antigos imaginarios criam no inferno, e que, no leito da morte, não foliavam, tremiam; que os fabulistas tambem tremiam, e que os castellãos e castellãs, plebe e burguezia, quantos se haviam regalado com as taes caricaturas, tremiam tambem. Sim, meu Deus, é verdade. Mas circumvagae a vista, e dizei-nos se, a tal respeito, a sociedade mudou. A mesma educação religiosa não produz continuamente identicos phenomenos? Acreditam no inferno os epicuristas, os trampolineiros, os usurarios, os prodigos e os ladrões, os famintos e os repletos, os invejosos e os ingratos, os indifferentes e os chasqueadores? No intimo da alma guardam elles as superstições das amas: que farte o denotam na vida, e principalmente na morte. Em quanto são moços, ageis, febris de saude e esperança, repulsam uma crença que lhes tornaria maldita a mocidade, a saude, a força, a razão de todas as dadivas do céo. Quando caducam, infermam e agonisam, espantam-se de haver ardido em desejos que não tem, e haver motejado praticas que se lhes agora figuram facilimas.

No exterior, a pintura cobria tambem os portaes, as arcaturas e os pontos principaes do edificio. As folhagens offereciam a côr verde e as figuras dos porticos eram recamadas de ouro.

Esta cruz, quer , ou entre dois cordeiros, ou entre dois passaros, com a frente um para o outro, foi um dos symbolos christãos mais usados durante o periodo Latino. Narthex, fachadas e portaes das basilicas. O narthex interior occupava o fundo do atrio, e era formado pelo portico contiguo á fachada principal da basilica.

A sala de entrada, coberta por um tecto em masseira, que repetia na face mais larga o escudo dos portaes, era vestida de carvalho, tendo em baixo um socco de vara e meia de alto, almofadado, e com feitios que variavam, segundo o desenho asymetrico dos cachorros.

As columnas da fachada estão geralmente embebidas um terço ou metade do seu diametro. Um ou tres portaes, conforme a importancia do edificio, dão ingresso nas naves.

O vertice das empenas ou das ogivas inflexas que substituem as empenas do XV seculo, termina ora por um florão, ora por uma estatua assente sobre uma quartella, em fórma de sóco. Os portaes de segunda e terceira ordem offerecem mais simplicidade do que os outros que acabamos de descrever.

Nos edificios do seculo XIV, os portaes são ainda bem delineados, todavia não têem a grandeza que caracterisa os do seculo XIII. Os perfis das molduras são agudos e muito multiplicados; a estatuaria, abandonando a nobre simplicidade, preoccupou-se em cogitar formas affectadas, e por isso mesmo a arte declina.

Algumas vezes o tympano era de pintura polychromica sobre fundo de ouro, systema que constitue, sem duvida, uma imitação pobre dos ricos tympanos byzantinos de mosaico, como se vêem em S. Marcos de Veneza. Por cima dos portaes, janelas da mesma disposição architectonica dão luz ás naves; a central é a origem da futura rosacea do Estylo Ogival.

Encontram-se os animaes symbolicos mais a miudo: 1.^o, sobre as capas dos evangeliarios; 2.^o, nas quatro extremidades das cruzes d'Altar; 3.^o, nos quatro angulos da representação do Christo em sua Gloria, como elle existe sobre as frentes dos altares, e nos tympanos dos portaes d'egreja do XI e XII seculos.