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Atualizado: 21 de maio de 2025
Agora, as saudades de que fallava; os sonhos que lhe floriam ás noites, ou lhe esmaltavam o repouso, eram os traços claros dos desejos, que tinha na alma e no coração, de amar e ser tambem amada, de gozar os dulcissimos effluvios do sentimento, que lhe irrompia no peito.
Era rei, consoante a pauta constitucional; e os accusados no seu tribunal fantastico eram os pennachos, as togas, os arminhos e os argentarios a quem os éphoros pediam de usurario emprestimo as mezadas da lista civil. Os aulicos de quem o principe se rodeava, forçado pela pragmatica, nunca lhe referiram com certeza as penurias que esmaltavam as cans de D. Miguel de Bragança.
Carlinhos, tão ruidoso e leviano por onde quer que andasse, ficava sério e perturbado sob esses rapidos encontros com Dora, e os seus olhos claros esmaltavam profundezas ardentes, e melancolias de quem fica a scismar. Porque em verdade, mulher alguma podia equiparar-se a Dora, pela nobreza do seu typo, estudada elegancia de maneiras, vestuario, contos de fortuna e altivez de familia.
Contaram-se n'aquelles annos casos de ciumes palacianos em que elle era o personagem menos irrisorio; arrufos conjugaes, projectados divorcios, reclusões em severos claustros, etc.; mas tudo isto eram atoardas que lhe esmaltavam a reputação.
Abrumados de ouro os montes, em duros perfis, esmaltavam de negro o horizonte abrazado. Abriam-se as primeiras estrellas. Subiam da terra, como o fumo das aras, pannos alvos de nevoa. Pelos caminhos esbarrondados, em aspero acclive, beirando grotas espontadas de cardos, cantaro ao hombro, as tunicas arrepanhadas á cinta, desfilavam donzellas conversando e rindo.
O pejo era n'ella tão sensivel, que affrontado não só faria corar o rosto, mas o corpo. Compassiva e caridosa sabia conciliar a altivez do sexo com a brandura da indole a firmesa da vontade. Os dotes do espirito esmaltavam as qualidades moraes. Talvez não houvesse na corte dama ou donzella tão instruida na lição das boas letras.
«Estavamos já nos primeiros dias da primavera, e os campos revestiam-se de um manto verdejante, que os malmequeres e as boninas esmaltavam. A agua da fonte corria com um doce murmurio, e myriades de insectos com as azinhas doiradas pelo sol, esvoaçavam zumbindo pelo prado. O sôpro, mysteriosamente vivificador da primavera, percorria a creação.
Era sol posto: Cançada de correr pela campina, Tinha vindo sentar-se pensativa Nos degraus de uma cruz que se elevava No adro estreito de modesta ermida. Chegava emfim ess'hora em que saudosa A mente se dilata em magos sonhos; Hora em que alma absorta em gostos intimos Perde a consciencia do exterior da vida. Diversas nuvemsinhas esmaltavam Para o lado do poente o firmamento. O bronze deu signal d'Ave-Maria. Ella ergueu-se, e depois, firmando os joelhos Sobre os degraus da cruz, soltou dos labios A singela oração; passado instantes, A pomba estremeceu, mas de alegria. A viva chamma de amoroso affecto Brilhou no puro azul d'aquelles olhos, Quando nos meus attentos se fitaram; E um sorriso de angelica ternura Entreabrira os seus labios purpurinos. Eu peguei-lhe nas mãos alvas de neve, Que estremeciam apertando as minhas, E pronunciei mansinho estas palavras: «Sim, sou eu, que tu tens visto, Tanta vez naquelles sonhos Bellos, candidos, risonhos, Da tua idade infantil.
Era o charro e vazio esbatimento, era a definitiva eliminação de todo êsse mundo de encantadoras e imaginosas ficções que, antes, volitando irisadas e leves, como borboletas, esmaltavam de poesia a esfumada atmosfera dêste país fantasista e ingénuo, hoje irremissívelmente dispersas, trituradas e desfeitas pelo industrialismo feroz da hora presente.
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