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Atualizado: 20 de junho de 2025


Todos se riram do calembourg aldeão, e o sr. João Moedor esteve algum tempo sem poder fallar no meio dos motejos e das risadas da turba campesina. Finalmente: Leva rumor! bradou elle. Com que então, do Moinho, acha você que eu môo a paciencia á gente, hein!

A pequena distancia do castanheiro vêem-se ainda as ruinas d'um moínho, taes quaes eram nos tempos saudosos da minha infancia; e a lembrança de minha mãe, do castanheiro e das ruinas, faz-me recordar d'um conto, que ella me contou, em uma tarde de verão, ao da arvore frondosa, a cuja sombra, graças a Deus! ainda posso sentar-me.

A chegada do prior foi tão inesperada e subita, que Bartholomeu, azoinado, não reparou nos que saíam á sua voz de commando. D'aqui o damno. Uma testemunha ficava ahi, sem que Bartholomeu désse por tal. Esta testemunha era Gabriel. O pobre rapaz tinha andado, até á meia noite, do moinho para a fonte e da fonte para o moinho, com um macho e dous barris, a carrear agua.

Á direita uma arca de pinho alta, sem fechadura, tinha em cima um cobertôr de papa, e sobre elle enroscado com uma fisga aberta á vigilancia em cada olho, o gato preto do moinho, tão absorvido na sua beatitude extatica, e na sua pachorrenta immobilidade, que os latidos do cão amigo e alliado domestico, e as vozes do dono, nem um movimento lhe tinham podido arrancar!

Dadas estas informações essenciaes, que o leitor benevolo desculpará, tornemos á nossa historia, e acompanhemos as diversas pessoas, que estão em scena, esperando por nós, tanto no Moinho da Raposa, como na Casa Maldita. Quanto aos honrados aldeões, apinhados defronte da porta do reverendo prior, não nos cuidado a sua inquietação.

Se o burro caír, ou se deitar no chão e se não podér erguer, chama pela Necessidade, e verás como logo acode em teu auxilio. Está bem, disse o pequeno, limpando as lagrimas com a manga da jaqueta; e pegando na corda do burro, tomou pela margem do rio, caminho de Somorrostro, que distava uma legua do moínho. Ora, ora, ora!

Deixemos! redarguiu Manuel Coutinho sentando-se no banco defronte da porta. Minutos depois outro relampago menor allumiou o campo, e á luz d'elle viram vir correndo ennovellado direito ao moinho um vulto, que mais parecia na velocidade um furacão, do que um homem. Oh ! disse em voz cheia o moleiro. Castelhanos por aqui á meia noite?! Quem temos?

Apezar da chuva caudal e dos relampagos, o moço do moinho, garoto leve como um ginete, que via de noite como os gatos, e era capaz de entrar pela bôcca de uma manilha, tinha sido mandado pelo amo á descoberta até á Casa Negra com ordem expressa de não se deixar agarrar, e de espreitar em roda com a sua curiosidade habitual.

Um puro azul brilhava no alto; e ao canto, sob um alpendre, um negro atrellado por cordas como uma alimaria a uma barra de pau, calçado de ferraduras, vincado de cicatrizes, ia fazendo gemer e girar lentamente a grande de pedra do moinho domestico.

Ah, sôr João, vossa mercê acaso veria quem foi o alma ruim?!... Parece que tenho dentro da cabeça a do moinho a zoar, e que me anda tudo á roda! Ora esta!... Olhe compadre, o melhor é mudarmos de pouso; depois falaremos. Alli em baixo, na fonte, ata um lenço molhado na cabeça, e em casa lhe diremos o que vimos. Agarre-se a mim, não tenha vergonha. Forte historia!

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