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Dentro da casa, Frederico sentia-se mais do que no Colégio. A mamã, absorvida nos fervores da devoção religiosa, nos ardores do seu misticismo, mal reparava nêle, e não ser para o admoestar pelo barulho que fazia na vivenda, sempre de janelas cerradas

Então gostou da Gamacho, snr. João Eduardo? A fallar-lhe a verdade nem sequer reparei n'ella. Então que fez? Olhei para si, respondeu elle resolutamente. Ella parou immediatamente, disse com a voz um pouco alterada: Onde vem a mamã? Deixe a mamã! E João Eduardo, então, fallando-lhe junto do rosto, disse-lhe «a sua grande paixão». Tomou-lhe a mão, repetia todo perturbado: Gósto tanto de si!

Mas a mamã não que as criadas estavam comnosco á novena? lembrou timidamente Christina. Pois que não estivessem. Quem tem serviço a fazer não pode ouvir novenas. Mas se a mamã é que as mandou! Pois sim... pois sim... mas... mas ellas é que me deviam dizer que tinham que fazer. Então eu é que lhes hei de estar a lembrar as suas obrigações? Não me faltava mais nada! Ora tens coisas, menina!

E erguendo os olhos e as mãos, n'uma imploração cheia de dôr, de desespero: Deus me leve para si! Ai! nada d'isto era se a mamã fosse viva, minha senhora! Começou a chorar.

Maria Cândida tinha-lhe dito um dia: A mamã quer-me para freira, não dúvida. Tem medo que eu saia, proíbe-me que chegue a uma janela, não me deixa mecher se não nos livros do tio Cerdeira, que são todos em latim.

E não sei quê de amargo, de reflectido, de soffrimento, de experiencia da vida. Brincavam sem risos pelos cantos, com bichos, com pedrinhas. Uma vez uma disse alto: Ó mamã!... E foi um escandalo. Onde aprendera ella, que não tinha mãe a pronunciar aquella palavra? Quereis crer? tenho esta imagem: pareciam velhinhas recolhidas, tristes por não terem filhos.

E, espivitando a lingua, continuou saracoteando se: Não gosto d'essas coisas... Estou nervosa... O Alvaro ia pallido e tremulo... Vejam se fazem algum desaguizado por causa d'uma graça... Vamos embora, mamã! Estou muito nervosa... veja... E offerecia o pulso ao abbade. Tem febre? perguntou a mãe alvoraçada ao abbade.

Dizia ingenuamente: Foi Nosso Senhor sósinho que fez aquella estrella, e como sabe tudo antes, sabia quando a estava fazendo que um pobre rapazinho a veria por uma fresta quando tivesse perdido o seu papá, a sua mamã e toda a gente.

Reza por mim, na tua voz chymerica, Uma Avè-Maria de Esperança! Ilha da Madeira, maio, 1898. Mamã Toda a Paz, todo o Amor, toda a Bondade, Toda a Ternura que de ti me vêm, Amparam-me esta triste mocidade Como nos tempos em que tinha Mãe. Quanto eu te devo! Odios, impiedade, Indignações e raivas contra alguem, Loucuras de rapaz, tedios, vaidade, Tudo isso perdi e ainda bem! Salvaste-me!

Êle tornou mais lento, resignado: Por sua causa, mamã, queria viver ainda que fôsse assim... sempre doente, sem saír do quarto, ao de si, mamã, ao de si... Agora precisas de dormir, de descansar. Fecha os olhos, Milinho, dorme, dorme... Então dê-me as suas mãos. Quero dormir com as minhas mãos nas suas. Dentro em pouco, serenamente, adormeceu.

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