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Atualizado: 13 de julho de 2025
Achei as boas leis da natureza Vencidas do interesse, e a gente cega Tanto, que mais que o sangue, o gado préza. Dizem que quando o mar bonança nega, Correndo vai aquella nao mor p'rigo. Que á desejada terra mais se chega. Assi me aconteceo a mi comigo: Seguro sempre ao longe, sempre ledo; Triste ao perto, e tratado como imigo. E a razão por que assim foi tratado Camões não he difficil de achar.
Aprenda em mi a gente Quão cara huma isenção com Amor custa: A pena dá bem justa A hum'alma que lhe he pouco agradecida. Ai quão devagar passa a triste vida! Detem hum pouco, Musa, o largo pranto Que Amor te abre do peito; E vestida de rico e ledo manto, Demos honra e respeito Áquella, cujo objeito Todo o mundo allumia, Trocando a noite escura em claro dia.
Se eu, que a penna tomei, tomei a espada, Para poder jogar licença tenho Desta alta influïção de dous Planetas; Com huma e outra luz delles lograda, Tu com pujante braço, ardente engenho, Serás pharo a Soldados e a Poetas. Erros meus, ma Fortuna, Amor ardente Em minha perdição se conjurárão: Os erros e a Fortuna sobejárão; Que para mi bastava Amor somente.
O meu peito, onde estais, He para tanto bem pequeno vaso; Quando acaso virais Os olhos, que de mi não fazem caso, Todo, gentil Senhora, então me abraso Na luz que me consume, Bem como a borboleta faz no lume.
Vês aqui a vida, e a alma, e a esperança, Doces despojos de meu bem passado, Em quanto o quiz aquella que eu adoro. Nellas podes tomar de mi vingança: E se te queres inda mais vingado, Contenta-te co'as lagrimas que chóro.
Se por mi vós retratárão, Retratárão-vos mui mal. Mas se esse rosto fingido Quizerão representar, E houverão por bom partido Dar-vos a alma do sentido Para a glória do lugar; Víreis, pôsto nessa alteza, Que vos não ha cousa igual; E que nem a maior mal Podeis vir, nem mor baixeza, Que a serdes meu natural.
Alli me manifesto Por vosso a Deos e ao mundo; alli m'inflamo Nas lagrimas que chóro; E de mi que vos amo, Em ver que soube amar-vos me namóro; E fico por mi só perdido de arte, Qu'hei ciumes de mi por vossa parte.
Quem diz que Amor he falso, ou enganoso, Ligeiro, ingrato, vão, desconhecido, Sem falta lhe terá bem merecido Que lhe seja cruel, ou rigoroso, Amor he brando, he doce, e he piedoso: Quem o contrário diz não seja crido; Seja por cego e apaixonado tido, E aos homens, e inda aos deoses odioso. Se males faz Amor, em mi se vem; Em mi mostrando todo o seu rigor, Ao mundo quiz mostrar quanto podia.
Pues sin vos placer no siente Mi vida, ni lo desea, Si no quereis que yo os vea, Qué veré que me contente? Sem vós, e com meu cuidado. Glosa. Querendo Amor esconder-vos Em parte que vos não visse, Co'o extremo de querer-vos Cegou-me os olhos com ver-vos, Levou-vos, sem que vos visse.
A Bóreas, que do peito mais queria, Assim disse a belíssima Oritia: 89 "Não creias, fero Bóreas, que te creio Que me tiveste nunca amor constante, Que brandura é de amor mais certo arreio, E não convém furor a firme amante. Se já não pões a tanta insânia freio, Não esperes de mi, daqui em diante, Que possa mais amar-te, mas temer-te; Que amor contigo em medo se converte."
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