United States or Sri Lanka ? Vote for the TOP Country of the Week !


Quando morrer na cella do mosteiro, Á cova n'um esquife hão de leval-a; Serão então os braços do coveiro Ultimos e primeiros a abraçal-a... Abril Enorme, arredondado, reluzente, Como se fôra um olho de Titan, O sol no azul olhava fixamente A natureza lubrica, pagã. E á luminosidade transparente Do céu avelludado da manhã, Um melro ia cantando alegremente Uma canção brejeira e folgazã.

O tapiz verde da relva fresca, lubrica, que a chama para vir doidejar ali n'um volteio feérico, febril, esconder-lhe-ha o lodo de um charco estagnado que a ha de engulir para sempre? Tenho medo de vêl-a assim, com os olhos fitos no horisonte, n'essa morbidez do extasis; a vertigem póde sacudil-a, e precipitar-se, como a borboleta prateada e indiscreta.

Deliciosa aranha delicada, E com pennugens d'oiro revestida: Ligeira, dôce, setinosa e leve... Tens a peçonha lubrica mettida, Na caricia das patas côr de neve. .................................

Atingiam, em baixo, a rua; e então o Silveira com os lábios crêspos e uma vaga onda lúbrica a empanar-lhe o esmalte dominador dos olhos, aventurou docemente: Aquela prima... está! P'ra mais, com o lascivo apetite da prima a aquecer-te os miolos... E mais, quem sabe? talvez que a ela lhe quadres. Marcha! marcha, homem! Que mais queres?

Aquelle escarlate, os olhos azues, os opulentos cabellos louros, a pujança das fórmas, a musculatura rosada e rija, a elegancia congenita, o riso, a desenvoltura sem despejo, a graça lubrica do trajo, em fim, a mulher, os arvoredos, a musica de Ruivães, nomeadamente a requinta, e em meio de tudo isto um rapaz de vinte e dous annos, poeta porque é Castilho, e ardente porque é trigueiro, e apaixonado porque é ardente, eis aqui o porquê d'aquelles amores.

Encontrei a sombra do que fui na adolescencia. Reconheci o rapaz de ha dezeseis annos, tratado pelo tempo. Vi ainda nos olhos a negridão da minha antiga virtude atarantada, imprecisa, a procurar o ceu na continencia, e a sophismar sensualidades na oração; volvi-me ao tempo em que fitava os idolos com os olhos da carne, gosando-os com a alma, lubrica de sonho...

Sempre sentada sobre as pernas d'elle, Candida semi-cerrou os olhos n'uma vertigem lubrica, e estendeu para a bocca de Roberto os seus labios frescos e perfumados d'esse olôr exquisito e bom, peculiar ás mulheres que se tratam. Mas ergueram-se de subito, n'um enleio: apparecera á porta que dava para o corredor o moleque Euzebio, com o bule de chá....

não sei o que vale a nova idea, Quando a vejo nas ruas desgrenhada, Torva no aspecto, á luz da barricada, Como bacchante após lubrica ceia... Sanguinolento o olhar se lhe incendeia; Respira fumo e fogo embriagada: A deusa de alma vasta e socegada Eil-a presa das furias de Medea! Um seculo irritado e truculento Chama á epilepsia pensamento, Verbo ao estampido de pelouro e obuz...

E dos seus olhos de azeite, exiguas lampadas de altar-mór, expedia filetes de luz duma melancholia lubrica e mortiça. O padre e Maria Peregrina conversavam. Certa manhã lia ella, sob os loureiros, uma lenda escandinava. Era uma lenda triste e prophetica, como o genio do Norte. O vento ramalhava as pernadas secas de louro, crepitantes como ralas.

Mas o conego, com uma curiosidade lubrica que lhe punha uma chamma nos olhos mortiços, queria saber os detalhes torpes: E ouve , Tótósinha, tu que ouves? Ouves ranger a cama? Ella respondeu com a cabeça affirmativamente, toda pallida, os dentes cerrados. E olha, Tótósinha, os viste beijarem-se, abraçarem-se? Anda, dize, que te dou dois pintos.

Palavra Do Dia

vagabunda

Outros Procurando