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Atualizado: 26 de maio de 2025


N'este ponto de vista, historico e psychologico, não no ponto de vista meramente litterario d'uma esteril poetica de convenção, é que os Lusiadas devem ser estudados e comprehendidos e cabe ao snr. Oliveira Martins a gloria de ter sido o primeiro a fazel-o, a gloria de ter commentado philosophicamente os Lusiadas.

o que é pouco lisongeiro para a belleza d'essa nympha, que vinha a ser hyper-ruiva, se acreditarmos as asserções do cantor dos Lusiadas. N'este ponto tornei eu a interromper a bolsa tão prodiga em reflexões. O espanto, em que me colloca a sua erudição, impede-me de reprehender energicamente o tom com que falla n'essa gloria nacional. Mas diga-me, quem a fez tão instruida?

Não temos, nesta occasião, o vagar preciso para examinar este folheto, que se acha na Bibliotheca Nacional, e pertenceu á livraria de D. Francisco de Mello Manoel da Camara. Acaso do exame resultaria alguma cousa de mais positivo. Seja, porém, como fôr, uma prova de decidir é a propria composição do frontispicio dos Lusiadas, impressos por Antonio Gonçalves em 1572.

Este typo, o verdadeiro typo portuguez do seculo XVI, como se revela nos Lusiadas, não é com effeito uma mera invenção do genio de Camões: é uma genuina criação nacional, um ideal do sentimento collectivo, que se foi gradualmente formando e depurando, até encontrar no grande poeta quem lhe désse uma expressão definitiva.

O Universo, é convívio, por isso o artista retribui, e em excesso, tôdas as dádivas que recebeu. O Mar, o mar dos portugueses, entrou pelas órbitas do Poeta e saiu cantando as oitavas dos «Lusíadas». E tão íntimo foi o abraço, tão perfeita a transfusão que o marulho longínquo do Oceano é esta própria fala: «Bramindo o negro mar de longe brada Como se desse em vão nalgum rochedo»

Não era mais feliz a prosodia, a alatinada prosodia d'este recanto peninsular. As combinações grammaticaes de Mr. Richard, ao fallar a nossa lingua, saíam marcadas com um verdadeiro cunho britannico. Venus, a propria Venus, perderia aquellas illusões, que nos refere o cantor dos Lusiadas, se porventura ouvisse o portuguez que elle pronunciava.

Faria e Sousa, commentando os Lusiadas, em 1639, tambem se refere a um papel antiguo, em que toscamente se historiava o episodio dos Doze.

Abri os Lusiadas á ventura, deparei com o canto IV e puz-me a ler aquellas bellissimas estancias E ja no porto da inclita Ulyssea...

Um espirito que se eleva a taes alturas tem obrigação de produzir um Hamlet, uma Divina Comedia ou uns Lusiadas. Sente-se pela leitura d'este volume que Camões é o auctor predilecto de João de Deus. O livro abre até por uma composição que póde considerar-se uma verdadeira profissão de em poesia.

Desde que me intendo, que leio, que admiro os Lusiadas; interneço-me, chóro, insuberbeço-me com a maior obra de ingenho que ainda appareceu no mundo, desde a Divina-Comedia até ao Fausto...

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