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A pobresinha foi acabar os seus dias no hospital de S. José. sei. Era um tratante de marca maior, que fez a desgraça de muita gente. Nunca mais se soube d'elle? Disseram-me que tinha morrido envenenado na Costa d'Africa. Que a terra lhe seja leve, que eu, assim como assim, não tenho razão de queixa da sua pessoa; basta lembrar-me que o pouco que sei a elle lh'o devo. O pouco que sabe!

O senhor não tem culpa nos meus infortunios. Ha de sempre lembrar-me que levou o dinheiro ao desgraçado, e que lhe deu um bocado de pão, quando elle disse que tinha fome... Ouça-me... Onde está Luiz? Não sei, senhora. Pois eu quero vêl-o para perdoar-lhe... O seu perdão não melhora os infortunios d'elle. Deus é que perdôa... Sim, sim, Deus...

Depois, quiz-me parecer tolice de marca maior estar a remexer no rescaldo da historia amorosa de D. Diniz em dia de tão intensa calma, fechei de subito o livro da memoria, forcejei por lembrar-me de que eu tinha escolhido aquelle dia precisamente para não pensar em nada que me desse cuidado, e puz-me a olhar para a paizagem que ia apparecendo e fugindo como no fundo de um kaleidoscopo.

Zina! Zinotchka! Não chores... não me estejas a lembrar que vou morrer... deixa-me contemplar-te, pensar que me perdoáste. Vou morrer sem pensar que morro, até, beijando-te as mãos... Estás tão magrinha, Zinotchka! Anjo querido, a bondade com que tu estás a olhar para mim! Lembras-te do gosto com que te rias, d'antes? Ai! Zina! Eu nem sequer te peço perdão!... Nem quero lembrar-me do que aconteceu... eu é que m'o não perdôo, a mim proprio... E quanta noite sem poder dormir, Zina! Quanta noite não levei eu a pensar, a recordar-me, a estalar, quasi, com saudades!...

Tome exemplo de mim, o que ama cégo, Julgando ter no amor todo o socego, Veja a minha desgraça, e tema o dano, Que sempre nasce deste amor profano: Não prenda a doce, amavel liberdade, que o Ceo lhe quiz dar livre a vontade: Fuja do amor, e guarde esta doutrina, Se quizer viver longe da ruina. Mas ah! Nem do amor quero lembrar-me, Que he facil outra vez precipitar-me.

A verdade é que hei de lembrar-me sempre, tão viva se me conserva no espirito essa impressão dominadora, do que eu senti ao folhear pela primeira vez as Miniaturas, livro de um poeta para mim inteiramente desconhecido havia algumas horas apenas.

Não podia ter mais gloriosos responsos o cadaver de um morto illustre. Estou agora a lembrar-me da primeira vez que fui recebido em sua casa. Era na rua de S. Bento, em noite de recepção politica. Fontes, de casaca, viera ao meu encontro, dissera-me palavras amaveis. Perguntou-me se eu gostava de jogar. Respondi-lhe que apenas sabia jogar o voltarete.

Como se explica então que, sendo elle tão teu amigo, se irritasse por uma errada interpretação dos teus actos, a ponto de estar imminente uma acção tragica, de que nem quero lembrar-me? Ora essa! Então não conhece o genio de Mauricio? tornou Jorge quasi impaciente Os primeiros movimentos são n'elle sempre impetuosos. Aquelle rapaz não se conhece. A cada instante se engana comsigo proprio.

De meu não quero mais que o meu desejo, Se acaso por querer-vos mais mereço, Porque o vosso poder em mi se asselle. Do mundo outra memoria em mi não vejo: Com lembrar-me de vós, delle me esqueço, Com triumphardes de mi, triumpharei delle. Criou a natureza Damas bellas, Que forão de altos plectros celebradas; Dellas tomou as partes mais prezadas, E a vós, Senhora, fez do melhor dellas.

E quanto das outras cousas que da parte da Senhora Rainha me dissestes, dizei a sua Senhoria que nunca Deus queira nem quererá que entre os filhos d'El-Rei D. João, que nas mocidades em tanto amor e concordia se criaram, seja agora semeada tal cizania, porque se desamem e desconcertem; eu haveria temor de Deus e vergonha do mundo, não digo acceitar, mas sómente lembrar-me d'acceitar o Regimento do reino, em que tivesse dois irmãos mais velhos, e taes para isso, como são o Infante D. Pedro, e o Infante D. Anrique.

Palavra Do Dia

anhon

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