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E da filha o que foi feito? perguntou sentimentalmente o Gonçallinho. Tambem não sei. Se viver deve ter agora os seus dezenove annos. Como era o nome todo do Muxagata? Nunca lh'o soube. Por morgado de Muxagata era que toda a gente o tratava. Então, se não vamos ainda hoje ouvir os rouxinoes, tambem eu quero contar o meu conto, disse o Gonçallinho Jervis. Sim, senhor, concordou o Vasconcellos.

Deviam, effectivamente, ser rouxinoes, porque frei Luiz de Sousa se refere ás que por mais musicas são conhecidas, e o rouxinol é, no mundo alado da Europa, o cantor por excellencia. Na idade do Gonçallinho Jervis, se uma alma responde á nossa n'um duetto de encantador lyrismo, pouco se nos de perder a vida comtanto que possamos morrer exhalando a alma n'um cantico.

Ora, na opinião de Caldeira Brant e Gameiro, não podiam deixar de ser introduzidas alterações pelo gabinete de Lisboa, ao qual devia considerar-se certo o projecto não agradaria, si bem que parecesse andar em tão benevolas disposições que, segundo declaração do conde de Villa Real n'uma das conferencias de Agosto, as auctoridades do Reino haviam mandado desembargar e restituir a sumaca brazileira Jervis, do Maranhão, arribada á ilha Terceira.

A divida fatal, chamada externa, Saldaste-a c'o producto dessas chapas, Em que fica chapada a crassa asneira, Eterna viscondessa d'Athoguia! Do Conde de Thomar se intitulava O patacho fatal, terror dos povos! Fulminaste o patacho! A Europa accesa, Pedira-te energia audaciosa. Passaste heroica esponja sobre o nome, E fizeste callar a voz da Europa! Ó Jervis! tu nem sabes quanto vales!

As aguas do rio das Maçãs dormiam como a superficie de um espelho. Passaros cantavam entre o arvoredo, mas não eram certamente rouxinoes, o que desesperou o Gonçallinho Jervis. Fomos seguindo para o mar, na direcção do Cabo da Roca. Muitos rapazitos de Collares acompanhavam-nos, correndo, pulando adeante de nós.

Como o mais novo de todos era o Gonçallinho Jervis, em cujo espirito bailavam ainda pagens e castellãs n'uma chorea medieval, e em cujo coração ardiam fogos de poetico platonismo, mettemol-o á galhofa convidando-o a procurar na serra de Cintra um cabello da barba que Bernardim Ribeiro haveria arrepellado ao vêr partir a frota com a infanta D. Beatriz.

Mas a verdade era que, afastada a questão de assumpto, o Gonçallinho Jervis lográra dar á sua narrativa uma forma litteraria, que revelava um escriptor. Do Leotte sabia o Vasconcellos que não viriam phantasias, fabulações romanticas; que, pelo contrario, quando o Leotte falasse, seriam assumpto obrigado as mulheres.

O seu numeroso amigo Leotte, em agradecimento da dedicatoria, pegou no Maldonado ao collo. Uma ovação! A breve trecho, o relogio do Victor dava meia-noite. Mas então, apostrophou o Gonçallinho, a gente ha de ir-se embora sem ouvir os rouxinoes?! Vozes, ao levantar da feira: Amanhã! Amanhã! O Gonçallinho Jervis disse-me que ia para o seu quarto escrever. O que vaes tu escrever, meu lyrico?

O Gonçallinho Jervis, que tambem era amigo do conde, havia-se levantado, emquanto o Leotte falava, e encostára-se ao vão de uma janella olhando para fóra. Démos por isso. O que estás tu ahi fazendo? Que bello luar! exclamou elle. Que bella noite de primavera para irmos ouvir os rouxinoes! Não seja piegas, atalhou o Vasconcellos. Que bella hora para a gente ir deitar-se!...

Na minha terra, por este tempo, os rouxinoes são aos cardumes! O Gonçallinho Jervis sublinhou com um olhar, que me enviesou, os cardumes de rouxinoes, que tinham saído da bocca do brazileiro. Mas o Leotte aproveitou logo a occasião para perguntar: Então v. ex.ª é portuguez?

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