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A luz entrava por duas frestas, que ficavam acima dois palmos da cabeça de um homem; porque assim era preciso explicava o mestre para que os rapazitos se não distrahissem, a olhar para fóra. Ao fundo da sala ficava uma meza de pinho e uma cadeira, que era o logar do mestre.

E alli ficára, entre gente pobre, n'uma aldeia de terra escassa, vivendo de dois pedaços de pão e uma chavena de leite, com uma batina limpa onde os remendos faziam um mappa, precipitando-se a uma meia legua por um temporal desfeito se um parochiano tinha uma dôr de dentes, passando uma hora a consolar uma velha a quem tinha morrido uma cabra... E sempre de bom humor, sempre com um cruzado no fundo do bolso dos calções para uma necessidade do seu visinho, grande amigo de todos os rapazitos a quem fazia botes de cortiça, e não duvidando parar, se encontrava uma rapariga bonita, o que era raro na freguezia, e exclamar: «Linda moça, Deus a abençôe

Uma vez matara um homem n'um monte, como quem diz um casal, e obrigára a mulher da victima a aparar-lhe o sangue n'um alguidar. Dois rapazitos, e um d'elles é hoje um cavalheiro altamente collocado, sahiam, em férias, de Beja para a sua terra natal. Um homem de grandes barbas espessas appareceu-lhes na charneca. Quem são vocês? perguntou-lhes. Somos estudantes. E eu, sabem quem eu sou?

Vendo este triste espectaculo, o malmequer não pôde como na vespera fechar as suas folhas para dormir; curvou-se para o chão, doente de tristeza. Os rapazitos voltaram no dia seguinte, e, vendo o passarinho morto, rebentaram-lhe as lagrimas e abriram uma cova. Metteram o cadaver dentro d'uma caixa vermelha, lindissima, fizeram-lhe um enterro de principe, e cobriram o tumulo com folhas de rosas.

Imaginava de resto João Eduardo um impio; e isto convinha ao seu plano philosophico d'educar os rapazitos n'um «atheismo desbragado». João Eduardo aceitou, com as lagrimas nos olhos: era um salario magnifico que lhe vinha, uma posição, uma familia, uma rehabilitação estrondosa... Oh, senhor Morgado, nunca hei de esquecer o que faz por mim!...

Um dia, passando na estrada, ouvi dois rapazitos que fallavam muito alto: «Não, dizia um com voz energica, não queroParei e perguntei-lhe: O que é que tu não queres, meu rapaz? «Não quero dizer á mamã que venho da escola, porque é mentira. Sei que me hade ralhar, mas antes quero que me ralhe do que mentir.» E tens razão, disse-lhe eu.

As aguas do rio das Maçãs dormiam como a superficie de um espelho. Passaros cantavam entre o arvoredo, mas não eram certamente rouxinoes, o que desesperou o Gonçallinho Jervis. Fomos seguindo para o mar, na direcção do Cabo da Roca. Muitos rapazitos de Collares acompanhavam-nos, correndo, pulando adeante de nós.

Palavra Do Dia

lodam

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