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Atualizado: 15 de novembro de 2025


Estava ali aquella mulher, aquella... não sei que diga, a pôr na cabeça a corôa da rainha Santa Isabel, a corôa que não podéra pôr nos seus cabellos louros a pobre Ignez de Castro, que, apesar de todos os pezares, era mil vezes mais capaz do que essa rainha de contrabando, que andou de um para outro, sem vergonha de qualidade nenhuma!

...... «Não conhecemos na litteratura indiana, nem talvez em litteratura alguma, episodio mais sentido e mais sublime do que aquell'outro do Râmâyana, a «Morte de Yaginadatta». Priamo aos pés de Achilles, na «Illiada» de Homero, é admiravel de dor e de sentimento; arrebata-nos a lastimosa Dido nos cantos do cisne mantuano ; Ignez deante de Affonso, no poema de Camões, abala-nos a alma e obriga-nos a lagrimas: não teme porem confronto com Priamo, Dido e Ignez o cego sublime de Valmiki deante do assassino de seu filho.

Lembrou-se das amarguras que viriam a causar ao rapazito os filhos da amante querida, que talvez até lhe roubassem a corôa. Subiu-lhe a mostarda ao nariz com a teima do filho, e deu ordem aos seus tres conselheiros, Alvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e Pedro Coelho para que o livrassem de D. Ignez. Ahi vão todos até Coimbra, onde estava muito socegada a triste da rapariga.

Ora, assim é, que emquanto Dona Ignez foi viva, nem depois da morte d'ella emquanto el-rei seu padre viveu, nem depois que elle reinou até este presente tempo, nunca el-rei Dom Pedro a nomeou por sua mulher; antes dizem que muitas vezes lhe enviava el-rei Dom Affonso perguntar se a recebera, e honral-a-ia como sua mulher, e elle respondia sempre que a não recebera, nem o era.

Ignez de Castro, a sombra de um anjo, coroava-o de além do tumulo. Mas esta piedosa recordação era, na alma do rei, um espinho que o mordia sem cessar. O seu genio cruel pedia vinganças. Entendeu-se com o visinho de Castella, e pôde haver ás mãos dois dos assassinos. O povo não approvou o escambo; e o rei muito perdeu de sua fama, diz o chronista.

Além de Manuel de Moraes, tinha mais tres filhas menores, que Ignez das Dôres educava piedosamente infiltrando-lhes no espirito tenro ainda as maximas mais salutares e virtuosas. Entregára o proprio José de Moraes o filho querido á companhia de Jesus. Confiára-o particularmente ao padre Eusebio de Monserrate, seu amigo antigo, e protector decidido.

Lembra-me ha annos vêr representar no theatro do Bairro Alto uma tragedia de D. Ignez de Castro tirada de uma comedia hespanhola de Don Calderon de la Barca, intitulada Reynar despues de morir.

Como Dom João, filho de el-rei Dom Pedro de Portugal, foi feito mestre de Aviz. Vós ouvistes, no primeiro capitulo d'esta historia, como depois da morte de Dona Ignez, ei-rei sendo infante, nunca mais quiz casar, nem depois que reinou quiz receber mulher, mas houve um filho de uma dona, a que chamaram Dom João.

A da entrevista de Affonso IV com D. Ignez de Castro, que é uma das mais interessantes da peça, não póde satisfazer os espectadores, que vêem que um rei se occupa da sorte da infeliz Castro, de quem se separa, dizendo-lhe que vai para o conselho de estado, onde ella ha de ser julgada, e alli elle advogará a sua causa. Que enormes incongruencias!

Á cabeceira do meu leito, estava um volume das Viagens de Cyro, e o quinto volume d'uma Miscellanea curiosa e proveitosa, onde encontrei uma longa poesia a D. Ignez de Castro, que me fez dormir até ás 8 horas da manhã. O meu companheiro, quando abri os olhos, estava sentado na cama, e escrevendo nas paginas d'uma carteira. O senhor está a fazer versos? perguntei eu. Adevinhou.

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