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Atualizado: 15 de novembro de 2025


Entretanto, vendo Maria Thereza na côrte, ficou tão impressionado pela sua formosura, que, durante alguns dias, abafou no coração o sentimento, que lhe havia sido inspirado por Ignez, e chegou até a olvidar, posto que momentaneamente, que tinha com ella a sua palavra compromettida. A nobre attitude de Maria Thereza fê-lo reflectir, e despertou-lhe no coração os seus brios de homem digno.

A Sala dos Tumulos, abrindo no ramo sul do transepto, é de construcção posterior á da egreja. Edificio vulgar, contém, apenas, alguns sarcophagos de valor, principalmente o de D. Pedro I e o de D. Ignez de Castro, magnificos exemplares do Estylo Ogival, embora um pouco damnificados pelas profanações, que em geral soffreram as nossas ricas sepulturas no tempo dos francezes.

Depois da visita aos tumulos de Ignez de Castro e D. Pedro sente a gente que nenhuma outra commoção poderá brotar dentro das paredes do templo ou do mosteiro.

O Amor faz de Ignez um anjo, e é ainda pelo anjo, que voou, que a pequena fonte da margem do Mondego chora lagrimas de casta saudade. Petrarcha não pôde esquecer n'este poetico seculo do Amor. Elle representa o mais puro, o mais santo, o mais ideial amor que é dado conceber-se: o amor sem esperança.

E feito silencio, a bem escutar, começou a dizer o conde Dom João Affonso: Amigos, deveis de saber que el-rei, nosso senhor que ora é, sendo infante, passa de uns sete annos, estando então na villa de Bragança, sendo el-rei Dom Affonso, seu padre, vivo, recebeu por sua mulher lidima, por palavras de presente, Dona Ignez de Castro, filha que foi de Dom Pedro Fernandez de Castro, e ella isso mesmo recebeu a elle, e sempre a o dito senhor teve depois por sua mulher, fazendo-se maridança um ao outro, qual deviam, até ao tempo da sua morte.

Nem a propria individualidade de Ignez de Castro está fixada ainda historicamente; e os pormenores dos seus amores com o infante D. Pedro, depois rei de Portugal, envolvem-se n'uma especie de via-láctea romantica, de veu poetico atravez do qual não foi possivel ainda descortinar com segurança a verdade.

E elle teve ordenado de mandar matar Alvaro Gonçalves Mourão, e Dom Alvaro Perez de Castro, irmão de Dona Ignez, madre de Dom João e de Dom Diniz, filhos de el-rei Dom Pedro de Portugal, sendo então infante; e foram percebidos por Dona Maria de Padilha, que lh'o mandou dizer, e assim escaparam de morte.

Os tumulos de Ignez de Castro e D. Pedro Aqui temos pois deante de nós, como dois lyrios brancos de marmore, os sarcophagos de que parece exhalar-se, como um perfume fugitivo, a lenda medieval d'essa grande catastrophe amorosa.

Tinha D. Ignez muita parentella, e diziam comsigo que, apenas D. Affonso IV fechasse os olhos, eram os Castros que davam as cartas em Portugal. Começaram a ferver as intrigas, e chegaram a aconselhar o rei que, visto que não havia forças humanas que arrancassem D. Pedro á sua Ignez, o melhor era darem cabo d'ella. D. Affonso IV torceu o nariz, mas por dentro estava em braza.

El-rei, com prazer de sua vinda, porém mal magoado porque Diogo Lopes fugira, os saiu fóra a receber, e, sanha cruel, sem piedade os fez por sua mão metter a tormento, querendo que lhe confessassem quaes foram na morte de Dona Ignez culpados, e que era que seu padre tratava contra elle, quando andavam desavindos por azo da morte d'ella.

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