Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 21 de junho de 2025
A gaia, ou folgasan, sciencia, pelo contrario, tendo devido começar, como o seu nome o inculca, por celebrar as boas fortunas, foi por natural pendor descahindo a pouco e pouco para a tristeza, para a saudade, para a desesperança, que vieram por derradeiro a constituir o habito e principal caracter da poesia da edade média. O cantor apaixonado era o proprio heroe dos seus cantos.
«Que é môça, na flor da vida... Eu, se ainda bem sei contar, Ha tres que tinha vinte annos, Fi-los depois de casar. «Diz que tem os olhos pretos. D'estes que sabem mandar... Os meus são azues, coitados! Não sabem senão chorar. «Zahara, que é flor, lhe chamam A mim, Gaia... Que acertar! Eu fiquei sem alegria, A flor quem lh'a hade voltar?
Ribeiros correm ao rio, O rio corre a la mar, «Quem me roubou minha joia, Sua joia lhe fui roubar.» O moiro que assim cantava, Gaia que o estava a mirar... Quanto o mais mirares, Gaia, Mais formoso o hasde achar. «Quantos barcos alli véem!» «Barcos que nos véem buscar.» «Que lindo castello aquelle!» «
Parece-me pois ser neste aro, se não neste mesmo ponto, que se deverá procurar o jazigo, não de Langobriga, mas da nossa Talabriga, e é precisamente a estas immediações que o compasso me levou ao medir sobre a carta a primeira secção da via romana de Coimbra a Gaia .
¿Que era com effeito o nativo e desartificioso trovar da edade média? falo do trovar namorado, e não do guerreiro, nem do satyrico; falo do que se comprehendia sob a denominação de gaia sciencia, e que dava assumpto ás discussões e sentenças das famigeradas côrtes de amor: era um verdadeiro trovar; uma caçada á ventura, sem guia nem itinerario, pelos campos da phantasia e do sentimento.
O que é certo, é que a estrada romana sulcava a faixa comprehendida entre a estrada real e a linha ferrea até o vertice de Gaia. Ao sul de Branca e Albergaria, a directriz da via militar sente-se escalonada nos vestigios medievaes que deixei explanados nas paginas anteriores. As mansiones tinham o caracter de pousadas.
Parece que foi em 1481, diante da santidade de Sixto IV, que o bispo de Evora D. Garcia de Menezes deu pela primeira vez o nome de lusitanos aos habitantes de Portugal. Até então foramos sempre portucalenses desde tempos remotissimos. A origem d'este nome está hoje bem averiguada. Na margem esquerda do Douro, onde hoje se chama Gaia, havia uma povoação com o nome de Cale.
Com a voz internecida Assim lhe foi a fallar: «Que tens, Gaia... minha Gaia? Ora pois! não mais chorar, «Que o feito é feito...» «E bem feito!» Tornou-lhe ella a soluçar, Rompendo agora n'uns prantos Que parecia estalar: «E bem feito, rei Ramiro! Valente acção! de pasmar! Á lei de bom cavalleiro, Para de um rei se contar! «Á falsa fe o mataste... Quem a vida te quiz dar!
Mal a chave deu tres voltas, Na manga a foi resguardar; Mal tirou a mão da cotta, Que o rei moiro vinha a entrar. «Tristes novas, minha Gaia, Novas de muito pezar! Primeira vez em tres annos Que me succede este azar!.. «Toquei a minha bozina Ás portas, antes de entrar, E não correste ás ameias Para me ver e saudar!
O poema de Gaia de João Vaz, de Evora, pertence a esta épocha, e é um precioso monumento que assignal-a na litteratura portugueza esta transformação. O romance popular, perdendo o genio rude, perdêra a fórma octosyllabica, ia tomando a fórma heroica da outava academica, como o poema de Roncesvalles de Balbuena.
Palavra Do Dia
Outros Procurando