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Vae alta a lua! na mansão da morte meia noite, com vagar soou; Que paz tranquilla! dos vaivens da sorte, tem descanço quem alli baixou. Que paz tranquilla!... mas ao longe, ao longe Funérea campa com fragor rangeu: Branco phantasma, semelhando um monge, D'entre os sepulchros a cabeça ergueu.

Fixal-o, comprehendel-o, basta uma hora, Funerea Beatriz de mão gelada... Mas unica Beatriz consoladora! Muitas vezes, é certo, na canceira, No tedio extremo d'um viver maguado, Para ti levantei o olhar turbado, Invocando-te, amiga derradeira... Mas não te amava então nem conhecia: Meu pensamento inerte nada lia Sobre essa muda fronte, austera e calma.

Respeitem-se aquellas mágoas, E do nosso pranto as agoas Lavem d'odio o coração; Não ha odios d'este lado, Nem se deshonra um soldado, Quando abraça seu irmão. Ponham-se treguas á guerra, E ninguém manche esta terra Ao de funérea luz; Soldados, olhai a cruz! Demos pranto a quem prantêa, Demos dôr á dôr alheia, Nos dois campos lucto egual!

A terra esqualida e funerea Em logar das canções da abundancia e do amor, Do trigo verde a rir dentro da sebe em flor, Calcinada e cruel cospe violentamente o cardo torcido, epilectico, ardente, Rompendo duro e hostil, como a praga blasfema D'um assassino quando um carcereiro o algema. Secaram-se de todo as fontes e os regatos. As cobras na aridez crepitante dos matos Silvam.

Por ti me engolfo no nocturno mundo Das visões da região innominada, A ver se fixo o teu olhar profundo... Fixal-o, comprehendel-o, basta uma hora, Funerea Beatriz de mão gelada... Mas unica Beatriz consoladora! Muitas vezes, é certo, na canceira, No tedio extremo dum viver maguado, Para ti levantei o olhar turbado, Invocando-te, amiga derradeira...

Na treva aziaga o crime o os vicios, Para o menu do teu jantar, Dão-te as creanças dos hospicios E as barregãs do lupanar. Em teu estomago de hyena Vão-se abysmar, monstro cruel, Rios de sangue com gangrena E ondas de lagrima com fel. Cloaca putrida e funerea, Feira da ladra edionda e vil,

As impressões novas antecipavam-se-me cheias de espiritual deleite, e abundantes da vida que me faltava ao de pessoas vistas a todo o instante, com o sorrir da amisade, e ao das arvores, vistas em cada primavera, com as mesmas grinaldas, e em cada inverno com a mesma nudez funerea, que me confrangia o espirito.

O pensador então vae ver onde se esconde quem lhe um tremor indomito, suspeito, como nunca sentiu no antro do seu peito. Quer ver o extranho ser, aquella voz interna. Mas cheio de terror, á livida lanterna, n'um tragico arrepio, á luz baça e funérea, sentada em seu lar a furia da Miseria! *A Justiça* Ó Ordem acabaste? *A Ordem* Eu acabei, Justiça! *A Justiça*

As senhoras, tomando um ar admirativo e profundo, mal agitavam os seus labios, ciciando phrases curtas, cheias de enternecimentos. O teclado principiou a gemer uma melopeia vaga, muito triste, como a voz funerea de cyprestes nas aleas d'um cemiterio. O Alberto, tomando uma pose impertigada, ao lado do piano, começou a recitar, n'uma cadencia monotona, o «Noivado do sepulchro» de Soares de Passos.

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