Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 22 de novembro de 2025
Mas elle della me dilata o tempo. Azas para voar vejo no tempo, Que com voar a muitos foi remedio; E só não vôa para a minha vida. Para que a quero eu sem tua vista? Para que quer tambem o triste fado Que não acabe o tempo tal crueza? Não poderão fazer crueza, ou tempo, Fôrça de fado, ou falta de remedio, Qu'essa vista m'esqueça em toda a vida.
Era, porém, chimerica por dous motivos, um ignorado então, outro evidente: a incapacidade do rei, e o destino que marcava á Hespanha a solução unitária. Se Portugal pôde escapar aos preceitos d'esse fado, deveu-o ao movimento que, por lhe dar Lisboa, fazia d'elle uma nação cosmopolita, commercial e maritima, e não propriamente hespanhola: outra Hollanda, no corpo de outra Allemanha .
E praza a Deos que o triste e duro fado De tamanhos desastres se contente; Que sempre hum grande mal inopinado He mais do que o espera a incauta gente: Que vejo este carvalho que queimado Tão gravemente foi do raio ardente. Não seja ora prodigio que declare Que o barbaro cultor meus campos are.
Era o João do tio Alameda, o rei dos cantadores d'estes sitios. Causava gosto vêl-o chegar a um arraial, viola em punho, encostar-se ao seu bordão, e, depois de passar levemente o dedo pollegar da mão direita pelas cordas da viola e ter dado tres ou quatro puxões numa ou noutra caravêlha para afinar o instrumento, começar a dedilhar um acompanhamento de fado.
Dos olhos, com que o sol escurecia, Levando a luz em lagrimas banhada, De si, do fado, e tempo magoada, Pondo os olhos no Ceo, assi dizia: Nasce, sereno sol, puro e luzente; Resplandece, purpurea e branca aurora, Qualquer alma alegrando descontente; Que a minha, sabe tu que desde agora Jamais na vida a podes ver contente, Nem tão triste nenhuma outra pastora.
A ausencia do monarcha redundaria logicamente na presumpção de ser quasi dispensavel a instituição, e o respeito pelos symbolos e attributos externos da realeza desapparecêra por forma tal que, durante a regencia da junta, os coches de gala da Corôa, cuja coberta de brocado resguardára a vaidosa cabeça de D. João V e sobre cujos coxins de damasco tinham-se recostado a provocante princeza de Nemours, a garbosa D. Marianna d'Austria e a soberba D. Maria Victoria de Bourbon, alugavam-se para baptizados a troco de alguns cruzados, com que os empregados subalternos do Paço se subtrahiam ao ingrato fado da bicharia exotica reunida por D. Maria I no jardim do palacio de Belem e que fôra toda destruida pela fome.
E a tua silhuete loira e desgrenhada, Tem risos de cristaes partidos, que eu bem sinto, Em noites de volupia, á luz da madrugada! Á noite, as tuas mãos, são gumes de punhal, Depois de terem morto alguem sem fazer mal... Tua voz é o Fado... eu ouço-o quando passa! No Mundo és o Drama, a Farça, és a Comedia! Ás vezes tambem és palhaço na Tragedia!
E a quantos nos não mostra a sabia historia A quem mudou o fado em negro opprobrio A mal ganhada gloria? Eu vivo, minha bella, sim, eu vivo Nos braços do descanço, e mais do gosto: Quando estou acordado, Contemplo no teu rosto De graças adornado; Se durmo logo sonho, e alli te vejo. Ah! nem desperto, nem dormindo sóbe A mais o meu desejo.
Pois na vida lhe adoçastes De seu fado a má ventura, E não vos envergonhastes, Quando a fria sepultura Com as lagrimas lhe honrastes; Se os seus Versos sonorozos Inda repetis com mágoa; E pensamentos saudozos Vos trazem aos olhos agua, Que os deixa, Senhor, formozos;
O lobis-homem que tinha visto mas isso em grande segredo, porque tinha medo de levar alguma sóva era o Próspero velho. Andava com o fado ha tantos anos! Não tinha sorte nenhuma, coitado! Que de historias lhe contou, e elle ouviu pasmado, vencido por aquella verdade irrefutavel: a Maria era feiticeira! A Gertrudes comentava com gestos curtos e vozes de confidencia: Ora essa! De que se admirava?
Palavra Do Dia
Outros Procurando