Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 22 de novembro de 2025
E eu com tanta curiosidade por aquelle tumulo aberto, com a tampa rachada... O môno só soube resmungar que «eram historias muito antigas lá do Fidalgo da Torre...» Gonçalo ria: Pois essa historia por acaso sei eu, prima Maria! Sei agora pelo Fado dos Ramires, o fado do Videirinha...
Depois para ella e para a lua atirou as endeixas glorificadoras, na dolente melodia d'um fado de Coimbra, rico em ais: Quem te v'rá sem que estremeça, Torre de Santa Ireneia, Assim tão negra e callada, Por noites de lua cheia... Ai! Assim callada, tão negra, Torre de Santa Ireneia! Ainda suspendeu para agradecer ao Fidalgo, que o convidava a subir e enxugar um calice de genebra salvadora.
Duro Amor! se pagava só tal vista Todo o mal que por ti me fez meu fado, Porque quizeste que a levasse o tempo? E se o assi quizeste, porque a vida Me deixas para ver tanta crueza, Quando em não vê-la só vejo o remedio? Tu só de minha dor eras remedio, Suave, deleitosa e bella vista. Sem ti, que posso eu ver senão crueza? Sem ti, qual bem me póde dar o fado, Se não he consentir que acabe a vida?
Sim! Gonçalo, casualmente, conhecia essa historia dos seus parentes de França apezar de que o Videirinha os não cantára no Fado! Então conte! Mas que seja historia alegre! Oh, não era prodigiosamente divertida!
Chegou-se o dia mais triste, Que o dia da morte fêa: Cahi do throno Dircéa, Do throno dos braços teus. Ah! não posso, não, não posso Dizer-te meu bem adeos. Impio Fado, que não pôde Os doces laços quebrar-me, Por vingança quer levar-me Distante dos olhos teus. Ah! não posso, não, não posso Dizer-te meu bem adeos.
A sina vae de geração em geração. De Aben-Afan diz Garrett no poema de D. Branca: Por onde o traz seu fado? Oh! negra sina entrou n'essa familia...
Os antigos davam o nome de destino ou fado a esta influencia occulta, absoluta, e irresistivel de Deus sobre a humanidade; os modernos povos chamam-lhe Providencia, expressão mais significativa, mais religiosa, e mais de Deus. E a providencia nunca deixa de favorecer as boas causas.
Illustrissimo Penalva, Já que me dais protecção, Sentido na occasião, Porque bem sabeis que he calva. Se o vosso braço me salva Das crianças pertinazes, Se a poder das vossas frazes Meu duro grilhão se corta, Por triunfo á vossa porta Pendurarei dous rapazes. De mil suspiros que eu dou. Parto em fim desesperado, E sem que o motivo conte Vou a estranho horizonte Chorar o meu triste fado.
Mas seus pacientes corações luctaram, Crentes só por instincto, e se apoiaram Na obscura e heroica fé, que os retempera... E sou eu mais do que elles? igual fado Me prende á lei de ignotas multidões. Seguirei meu caminho confiado, Entre esses vultos mudos, mas amigos, Na humilde fé de obscuras gerações, Na communhão dos nossos paes antigos. Solemnia Verba
Ora pois, o nosso Camões, creador da epopea, e depois do Dante da poesia moderna, viu-se atrapalhado; misturou a sua crença religiosa com o seu credo poetico e fez, tranchons le mot, uma semsaboria. E aqui direi eu com o vate Elmano: Camões, grande Camões, quam similhante Acho teu fado ao meu quando os cotejo! Vou fazer outra semsaboria eu, n'este bello capitulo da minha obra-prima. Que remedio!
Palavra Do Dia
Outros Procurando