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Atualizado: 6 de julho de 2025
E a S. Joanneira contemplava-os babosa, emquanto o conego dormitava já, e o padre Amaro, abandonado a um canto como outr'ora o escrevente, ia folheando o velho album.
Esteve um momento calado, gozando o sabôr do seu fel. Vossê se fôr á rua da Misericordia dê lá os parabens a essa gente... E acrescentou com os olhinhos em Amaro: O palerma do escrevente leva a rapariga mais bonita da cidade! Vai encher o papo! Até á vista! exclamou bruscamente Amaro, abalando pela rua furioso.
Fôra outr'ora seu escrevente; e como por pedido d'elle entrára no cartorio do Nunes Ferral, e por sua influencia ia ser accommodado no governo civil, julgava-o uma Providencia prodiga e inesgotavel!
A S. Joanneira então poz a mão de leve sobre o joelho do escrevente, e fitando-o: E olhe, não sei se me fica mal dizer-lh'o, mas a rapariga quer-lhe devéras, João Eduardo. O coração do escrevente teve uma palpitação commovida. E eu! disse. A D. Augusta sabe a paixão que eu tenho por ella... E lá do artigo que me importa a mim! Então a S. Joanneira limpou os olhos ao avental branco.
Desde que o senhor parocho lhe affirmára, em juramento, que o escrevente não estava realmente excommungado, que com algumas orações se lhe levantaria a excommunhão, os seus escrupulos devotos esmoreciam como brazas que se apagam.
Mas a Amparo, indifferente ás causas philosophicas do delicto, ardia na curiosidade de saber o que se passaria na administração, o que diria o escrevente, se o teriam posto a ferros... O Carlos promptificou-se logo a ir averiguar. Que podia ter feito o senhor parocho da Sé ao escrevente do Nunes? Provinha d'uma vasta conspiração d'atheus e republicanos contra o sacerdocio de Christo!
Brincadeiras de mãos, não! exclamou logo severamente o tio Osorio. Brutalidades, não! Que se não mettesse commigo, rosnou o escrevente. E a vossê faço-lhe o mesmo... Quem não tem decencia vai p'r'á rua, disse muito grave o tio Osorio. Quem vai p'r'á rua, quem vai p'r'á rua? rugiu o escrevente, empinando-se, de punho fechado. Repita lá isso d'ir p'r'á rua! Com quem está vossê a fallar?
Alvaro Pacheco escreveu trinta e quatro nomes; quedou-se um momento, e perguntou: De todos os pobres que não tem casa? Sim, de todos os pobres que não tem casa propria. Então, falta o meu nome. Somos trinta e cinco os pobres que não temos casa. E escreveu: Alvaro, escrevente de tabellião. Muito bem volveu o brazileiro commovido sabe o que eu quero? V. s.^a o dirá.
Mas o Natario, disse Amaro, o Natario que detesta o escrevente, que dirá elle a esta revolução? Homem, exclamou o conego com uma grande palmada na côxa, que me tinha esquecido! Pois vossê não sabe o que aconteceu ao pobre Natario?... Amaro não sabia. Quebrou uma perna! Cahiu da egoa! Quando?
Lá para o mez que vem tem vossê o seu emprego no governo civil. Oh, snr. doutor... v. exc.^a... Qual historia! vossê é um benemerito! João Eduardo foi para o cartorio, tremulo d'alegria. O snr. Nunes Ferral sahira: o escrevente aparou devagar uma penna, começou a cópia d'uma procuração e de repente, agarrando o chapéo, correu á rua da Misericordia.
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