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Atualizado: 3 de junho de 2025
Soldados da guarda real da policia, corpo fundado e disciplinado pelo conde de Novion, emigrado francez que as victorias de Bonaparte e a invasão de 1807 lançaram outra vez nos braços dos seus compatriotas, guardavam as portas de fóra, ou de espadas em punho vigiavam os corredores e camaras, que precediam o quarto reservado aonde o proconsul se encerrava com os seus confidentes.
Os convivas habituaes da sua mesa eram um jurisconsulto dos mais celebrados em Londres, e um portuguez de excellentes qualidades, nosso ministro actualmente na côrte de Madrid . Um dia, porém, os contubernaes sahiram do encantador abrigo do emigrado, porque eram de mais em alegrias, cuja dôce poesia está no resguardo e recolhimento de dous.
Passou arrastado o dia, sem que Fernando encontrasse vestigios de Paulina. Na manhã do seguinte dirigiu-se á praça onde se ergue a famosa torre torta, que o leitor tem visto pintada, e que o marquez de Tavira queria ver, mais que tudo. De feito, estavam o curioso emigrado e Bartholo e as meninas ao pé da maravilha, quando Fernando assombrou n'um angulo da praça.
Na emigração forçada é que seria injusto e cruel attribuir ao emigrado, que abandona o seu paiz sem norte, sem rumo certo, e muitas vezes sem a minima esperança, a responsabilidade de um facto que em rigor não é seu. A sociedade tem de acceital-a. Essa secreção de desgraçados, que o corpo politico súa de si, é anormal.
«A historia não ha-de ser commettida aos escribas da imprensa vendida dos nossos tempos; e a historia ha-de considerar o movimento republicano do Porto a uma altura que parece irrisorio talvez á tagarelice insensata de certos portuguezes de hoje». E tinha razão de sobejo o revolucionario emigrado.
O emigrado que estas miudezas referia era um major Pacheco, que seguira o seu soberano, espontaneamente, desde o embarque até Roma. Casualmente o encontrara Fernando por lá escondido nos pardieiros da Roma dos Cezares, ou meditando nas virtudes de Tito, ou nas cruezas de Nero.
Venceslau conhecera em Londres um irmão d'esta menina, alferes emigrado, compleição doentia, éthico da enfermidade nostálgica, exacerbada por amor a uma senhora de Lisboa, com quem destinára casar-se, quando os franceses invadiram Portugal.
Elle queria contel-a, quasi envergonhado de os estarem olhando á roda, jurava-lhe, promettia tudo, n'um precipitar de palavras meigas. E á flôr da abobada nua e branca da egreja, andorinhas corriam chilreando, filhos e mães que inda não tinham emigrado, e demoravam residencia no calor dos velhos ninhos patriarchaes.
Eram muitos, e morriam á pancada, porque os pobresinhos alapados debaixo das urzes, se fugiam, eram logo mordidos pelos cães; se esperavam eram apanhados á mão. Alguns, mais previdentes, tinham emigrado para as fundas colheitas, formadas pelas sinuosidades interiores dos penedos agglomerados.
Repulso das caricias da familia para os braços d'uma adorada mulher, nas agonias do trespasse, como que, ao mesmo tempo, me vi viuvo e orphão. Arrastei o meu lucto, oito annos de emigrado, e, ao saltar em terra portugueza, a dôr pungia-me mais, porque não achei ninguem que me désse um peito onde encostasse o rosto coberto de lagrimas. Redobrou-se-me o tedio da vida. Invejei a paz dos mortos.
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