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Atualizado: 28 de junho de 2025


O conto é a fórma litteraria da lenda. Boccacio no Decameron, n'aquellas transições instantaneas do ridiculo ao pathetico, revela uma face profunda da historia, o estado dos espiritos na terrivel peste de 1358. A imaginação era tão perigosa como o contagio; a distracção calculada, o prazer egoista dos jardins de Pampinea, a indifferença, o scepticismo que se desenvolve nas grandes calamidades, podiam suspendel-a na exageração do terror. Nos contos da Edade média ha uma mistura de devoção e desenvoltura; no Heptameron da rainha de Navarra, as aventuras cavalleirosas, as intrigas de amor, os padres e monges seduzindo as noviças, entretecem-se com reflexões moraes, e de quelque léçon de la sainte Ecriture.

Cama perdoou-lhe, chamou-o para junto de si e enriqueceu-o. Ao contrario de tôdos os governos indìgenas d'Àfrica, o de Cama não é egoista. Antes de pensar em si mesmo pensa elle primeiro no seu pôvo. Uma grande parte d'êsse pôvo é Christã, e tôdos andam vestidos á Europea. Nem um Bamanguato deixa de ter espingarda, mas não se nunca um homem armado n'aquelle paiz, fora das florestas.

Por isso quando foi perto do throno da terrivel Justiça, da Immutavel, ia ainda indignada do abandono em que se afunda o Genio inconsolavel. Como os nordestes varrem pelo outomno as roseiras, assim ella implacavel, tinha varrido toda a piedade contra a dura e egoista Humanidade. Mal a viu a Justiça disse ó Fome o que é que trazes da sombria Terra? Trazes um ai do que morreu sem nome?

Ó felicidade!... Praza a Deus que se este beijo me abre a tua alma eu a chegue a possuir inteiramente, porque o amor, meu José, é tão egoista, tão egoista... E não crês possuil-a ainda? Não. Todavia tenho esperança... Virá um dia. Cala-te, que te faz mal falar... não foram pequena felicidade estas palavras, por que, tu bem sabes, eu tenho palavras para ti e para... Deus.

Não paliava os abusos dos conventos, não cubria os defeitos dos monges, accusava mais severamente que ninguem a sua relaxação; mas sustentava que, removido aquelle typo da perfeição evangelica, toda a vida christan ficava sem norma, toda a harmonia se destruía, e a sociedade ia, mais depressa e mais sem remedio, precipitar-se no golpham do materialismo estupido e brutal em que todos os vinculos sociaes apodreciam e cahiam, e em que mais e mais se isolava e estreitava o individualismo egoista última phase da civilização exaggerada que vai tocar no outro extrêmo da vida selvagem.

Depois de se terem lido, a gente sente-se envergonhada de succumbir a meio do caminho, de se lamentar egoista e puerilmente, porque a vida é triste e incompleta, e cheia de aspirações e de esforços vãos!

Deixe-me tambem ser egoista das minhas virtudes, porque não tenho outro amparo que me sustente a coragem para soffrer o pouco de vida que me resta. «Eu avalio o seu coração. Confesso que, ha tres annos, o encontrarmo-nos seria um designio da Providencia divina. Creio que seriamos felizes; que teriamos a bemaventurança na terra. «Agora, porém, não ha futuro para nós, nenhum futuro, meu amigo.

Resar o universo é polarisal-o no infinito amor. Cantar não basta. Resar é mais. Resar é o superlativo divino de cantar. A oração é a canção angelisada, a canção chorada e de mãos postas. O universo absorve a, comprehende-a. Ouve-a Deus, os homens escutam-na, e as ondas, as aguas e os rochedos, vagamente a percebem, como um halito amigo, uma caricia branda e luminosa. Rese todas as dôres, pobresas, miserias, lutos, soffrimentos. Rese o lodo e o sangue, o ninho, o covil, o hospital, o carcere, a enxovia, a terra tragica, ulcerada de mortes, e a noite concava e funebre, ulcerada de soes e de nebulosas. Rese a dôr, mas rese tambem a alegria, que é dôr vencida e desbaratada pelo amor. Rese o triunfo do amor, a alegria ascendente da natureza, a marcha épica da vida pelo caminho eterno, que não tem fim. Rese chorando, mas lagrimas fecundas, que façam parir a terra, palpitar o seio e germinar a semente. Lagrimas d'aurora, orvalho vivo e creador. Resar e chorar, mas heroicamente, na acção e na luta, no mundo e para o mundo. Resar, como Nuno Alvares, entre o fogo ardente da batalha. Enganam-se os que vão para Deus, voltando as costas á natureza. Quem se quizer salvar, ha de salvar os outros. Quem renegar a natureza, renega Deus. A ascese egoista, eis o atheismo verdadeiro. A imobilidade é sacrilega, a escuridão é sacrilega, o silencio é sacrilego. A vida é som, é luz, é movimento. A vida marcha por abismos, tragica e formidavel, mas ruidosa e simfonica, vestida de luz e de mil côres. Amortalhal-a de negro, arrancar-lhe a lingua, para que não cante, e os olhos, para que não deslumbre e não dardeje, é como se lhe cravassemos no coração uma facada sinistra. O quietismo beato, apagando o universo, apaga Deus. Quietismo e nihilismo, dois zeros, dois sinonimos. O frade catolico, na concha da mão, exangue e paralitica, sustenta uma caveira.

A arte sobre tudo! ella suppre a sciencia e a observação, pela intuição viva; a realidade é contingente, variavel; o ideal, a creação pura do homem, é intangivel, eterno, emquanto a obra de Deus se converte em . Sacrifiquemos-lhe tudo na vida. Mesmo o amor? O amor? Rio-me da tua credulidade. Ainda fazes uma religião d'esse sentimento egoista, que procuras elevar acima da animalidade.

Como é soberbo o teu dominio!... Quantas dôres não tens tu mitigado com a protecção do teu magico affecto!... Para quantos infortunios não tens sido o anjo mensageiro, enviado pelo Creador á humanidade!... E haverá ainda alguem, tão estolidamente egoista, que pretenda negar o teu poder?!...

Palavra Do Dia

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