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E porém se tal cousa, e por tal causa se move contra mim, sabei certo que em defender minha honra, e limpeza d'aquelle Senhor, eu me mostrarei hoje dino de ser confrade da Santa Garrotea que recebi, e espero em Deus que sem ociosidade de minhas mãos, os que me quizerem visitar antes seja na sepultura, que nos carceres nem cadeias, e por isso não hajaes nem compaixão de minha vida porque minha morte honrada a fará com louvor viver mui viva, e muito mais honrada nas memorias dos homens para sempre

Porque queres que sempre me querelle? Eu quanto mais te busco, mais te escondes! Quanto mais mal me vês, mais te endureces! Assim que co'o mal cresce a causa delle. Dizei, Senhora, da belleza idêa, Para fazerdes esse aureo crino, Onde fostes buscar esse ouro fino? De qu'escondida mina ou de que vêa? Dos vossos olhos essa luz Phebêa, Esse respeito, de hum Imperio dino?

22 Estava o Padre ali sublime e dino, Que vibra os feros raios de Vulcano, Num assento de estrelas cristalino, Com gesto alto, severo e soberano. Do rosto respirava um ar divino, Que divino tornara um corpo humano; Com uma coroa e ceptro rutilante, De outra pedra mais clara que diamante.

Eſtava o Padre ali ſublime & dino, Que vibra os feros rayos de Vulcano, Num aſſento de estrellas criſtalino, Com geſto alto, ſevero, & ſoberano, Do roſto reſpiraua hum ar diuino, Que diuino torn

Ellas diante vós são as estrellas, Que ficão com vos ver logo eclipsadas. Em perfeição, em graça e gentileza, Por hum modo entre humanos peregrino, A todo bello excede essa belleza. Oh quem tivera partes de divino Para vos merecer! Mas se pureza De amor vai ante vós, de vós sou dino. Que esperais, esperança? Desespéro. Quem disso a causa foi? Vós, vida, como estais? Sem esperança.

Tu és digno de cantares O seu semblante divino; E o teu canto sonoroso Tambem do seu rosto he dino. Ah, pinta, pinta A minha bella! E em nada a cópia Se affaste della. Para pintares ao vivo As suas faces mimosas, A discreta Natureza Que providencia não teve! Creou no jardim as rosas, Fez o lyro, e fez a neve. Ah, pinta, pinta A minha bella! E em nada a cópia Se affaste della.

102maldito o primeiro que no mundo Nas ondas velas pôs em seco lenho, Dino da eterna pena do profundo, Se é justa a justa lei, que sigo e tenho! Nunca juízo algum alto e profundo, Nem cítara sonora, ou vivo engenho, Te por isso fama nem memória, Mas contigo se acabe o nome e glória.

Conde, cujo illustre peito Merece nome de Rei, Do qual muito certo sei Que lhe fica sendo estreito O cargo de Viso-Rei; Servirdes-vos d'occupar-me Tanto contra meu Planeta, Não foi senão azas dar-me, Com as quaes vou a queimar-me, Como o faz a borboleta. E s'eu a penna tomar, Que tão mal cortada tenho, Será para celebrar Vosso valor singular Dino de mais alto engenho.

Paſſada eſta tão prospera victoria, Tornado Affonſo aa Luſitana terra, A ſe lograr da paz com tanta gloria, Quanta ſoube ganhar na dura guerra, O caſo triste & dino da memoria, Que do ſepulchro os homẽs deſenterra, Aconteceo da miſera, & mezquinha Que deſpois de ſer morta foy Rainha.

Nunca soube entender vossa vontade, Nem a minha mostrar-vos verdadeira, Indaque clara estava esta verdade. Esta, em quanto eu viver, vereis inteira; E se em vão meu querer vos persuade, Mais vosso não querer faz que vos queira. Quem, Senhora, presume de louvar-vos Com discurso que baixe de divino, De tanto maior pena será dino, Quanto vós sois maior ao contemplar-vos.

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