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Na vida da côrte, fina, scintillante, irritavel, cheia de factos, de commoções, de rasgos de espirito e de valor, de emboscadas, de surpresas, de malicias, de tentações, quantos perigos, quantos laços, quantas ratoeiras para a innocencia virginal, para a candida pureza inexperiente e inerme d'el! ...

Para poder pintar o seu cabêlo farto, Seria necessaria a arte soberana, A divina expressão artistica d'el Sarto E a magia de côr da escola veneziana. A bôca era vermelha, ardente, sensual, O beijo desafiando ao minimo trejeito. Quanta paixão não fez o seu olhar leal! Quanto amor não bateu, sem resposta, ao seu peito!

Deve se a seu singular espirito, e valor a liberdade da Patria na gloriosa Acclamação d'el Rei D. João IV., sendo um daquelles illustros Fidalgos, que para ella sobre maneira concorreu, arvorando a Bandeira da Cidade, recobrando o Castello de Lisboa, e soltando alguns, que ali se achavão prezos, com outras muitas acções de lealdade, e heroico desinteresse, que serão de exemplo á posteridade.

Entregou a Inigo Guerra, que era mancebo e cavalleiro, o governo de seus castellos, e partiu com lustrosa mesnada de homens d'armas para a hoste d'el rei Ramiro, que ía em arrancada contra a mourisma de Hespanha. Por muito tempo não houve delle, em Biscaia, nem novas nem mensageiros.

a lista das obras d'el rei D. Duarte espanta pela variedade de materias em que este rei philosopho empregou a sua penna nada rude. Marco Paulo estava traduzido no seu tempo. O livro da côrte imperial prova que naquella epocha se tractavam em vulgar as arduas materias de theologia polemica.

E ficaram outrosi vivos estes irmãos d'El-Rei D. Duarte, filhos d'El Rei D. João I; o Infante D. Pedro, que era duque de Coimbra: e o Infante D. Anrique, que era duque de Vizeu e tinha o Mestrado de Christus: e o Infante D. João, que era Condestabre do Reino e tinha o Mestrado de Santiago: e o Infante D. Fernando, que então era captivo em Fez e tinha o Mestrado d'Aviz: e a Infante D. Izabel, legitima duqueza de Borgonha, casada com o duque Filippe: e D. Affonso conde de Barcelos, que depois foi duque de Bragança, que era filho natural d'El-Rei D. João.

Para conseguir o desejado Reconhecimento exporá com energia e firmeza os motivos que teve o Brazil. 1^o Para resentir-se da retirada d'El Rei Fidelissimo o Sñr.

Foi elle o Nostradamus dos Portuguezes, como antigas memorias nos certificão, no tempo d'el Rei D. João o III. de Portugal, e porventura ainda mais celebre por seus ditos, maravilhosos vaticinios, e prognosticos, do que foi aquelle, e pelos mesmos annos na França; porque se com particular distinção obteve este os comprimentos de Henrique II., e da Rainha Catharina de Medicis, sua mulher, e de seus filhos; as honras, e estimações do Duque de Saboia Manoel Feliberto, e da Duqueza Margarida de França; e os prezentes de Carlos IX. mereceu o nosso os applausos de uma Nação inteira assim de grandes como pequenos, de illustres, e plebêos, sabios, e indiscretos, e continuados por tamanho espaço, quanto vai desde quando viveu até nossos tempos, e sempre o será, em quanto o Mundo durar, que tanto hade viver na memoria dos homens.

Estando assi estes Senhores em Thomar, esperando o tempo do saimento e côrtes, foram alli juntas quasi todolas pessoas principaes do reino, com esperança e certidão de futuras mudanças, salvo o Infante D. João, que era doente em Alcacere do Sal, a que por grande resguardo da Infante sua mulher, a morte d'El Rei seu irmão não foi descoberta se não depois que foi retornado em sua saude, a que não fossem contrairas novas para elle tão tristes.

Constou, ao cabo de annos, que se tinha ido embarcar em um navio d'el Rei, e que se abalára por esses mares de Christo, sabe Deus para onde, e para quê.....