Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 30 de abril de 2025
E ficaram outrosi vivos estes irmãos d'El-Rei D. Duarte, filhos d'El Rei D. João I; o Infante D. Pedro, que era duque de Coimbra: e o Infante D. Anrique, que era duque de Vizeu e tinha o Mestrado de Christus: e o Infante D. João, que era Condestabre do Reino e tinha o Mestrado de Santiago: e o Infante D. Fernando, que então era captivo em Fez e tinha o Mestrado d'Aviz: e a Infante D. Izabel, legitima duqueza de Borgonha, casada com o duque Filippe: e D. Affonso conde de Barcelos, que depois foi duque de Bragança, que era filho natural d'El-Rei D. João.
O Manuel Nunes, hoje em Barcelos, muito lucianista, devorando o evangelho do Correio da Noite, sempre em questiúnculas com aquele por causa dos seus ideais políticos encontrados, grande passeador e jogador de manilha, um tanto lambaz porque saía mais cedo e sorrateiramente dos teatros, dizia-se, para comer a ceia dos retardatários, guardada pela Gorda num cantinho do fogão.
E, como quer que em publico o não contradissesse, procurava porém secretamente, por meio do Arcebispo D. Pedro, de Lisboa, a quem a Rainha dava muita fé, e não tinha boa vontade ao Infante D. Pedro, como do que ácerca d'este casamento lhe tinha prometido, ella se desdissesse, com fundamento de trabalhar com toda sua possibillidade que El-Rei casasse com sua neta, D. Isabel, filha maior do Infante D. João; porque o conde de Barcellos, como já disse, foi filho natural d'El-Rei D. João, e teve tres filhos legitimos da filha do Condestabre D. Nuno Alvares Pereira, com quem primeiro casou: saber D. Affonso, conde d'Ourem; e D. Fernando, conde d'Arrayolos: e a Infante D. Isabel, mulher do Infante D. João; e por falecimento da filha do Condestabre casou com D. Costança de Noronha, filha do conde de Gyam e irmã d'este Arcebispo, que elle com razão amava muito; porque n'ella havia assaz de virtudes e fremosura e outras bondades, porque o bem merecia: e d'ella não houve filho nem filha, e por seu respeito o conde de Barcelos amava muito todas suas cousas d'ella, e em especial seus irmãos, entre os quaes o principal era o Arcebispo, asi por sua idade maior, como por sua denidade; e por isso o conde fiava d'elle, e lhe encarregava a estorva d'este casamento d'El Rei com a filha do Infante D. Pedro: e não falleciam outros que o n'isso assaz ajudavam.
Louvado Deus! O meu Jacinto estava, emfim, provido de civilização! Subi contente. Na sala nobre, onde o soalho fôra composto e esfregado, encontrei uma mesa recoberta de oleado, prateleiras de pinho com louça branca de Barcelos e cadeiras de palhinha, orlando as paredes muito caiadas que davam uma frescura de capela nova. Ao lado, noutra sala, tambêm de faiscante alvura, havia o confôrto inesperado de três cadeiras de vêrga da Madeira, com braços largos e almofadas de chita: sôbre a mesa de pinho, o papel almasso, o candieiro de azeite, as penas de pato espetadas num tinteiro de frade, pareciam preparadas para um estudo calmo e ditoso de humanidades: e na parede, suspensa de dois pregos, uma estantesinha continha quatro ou cinco livros, folheados e usados, o D. Quixote, um Virgílio, uma História de Roma, as Crónicas de Froissart. Adiante era certamente o quarto de D. Jacinto, um quarto claro e casto de estudante, com um catre de ferro, um lavatório de ferro, a roupa pendurada de cabides toscos. Tudo resplandecia de asseio e ordem. As janelas cerradas defendiam do sol de agosto, que escaldava fóra os peitoris de pedra. Do soalho, borrifado de água, subia uma fresquidão consoladora. Num vélho vaso azul um mólho de cravos alegrava e perfumava. Não havia um rumor. Torges dormia no esplendor da sésta. E envolvido naquele repouso de convento remoto, terminei por me estender numa cadeira de vêrga junto
Palavra Do Dia
Outros Procurando