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E segundo a universal opinião dos que n'este caso sãmente entenderam, se creu que segundo os Infantes eram amados em Castella, se não tomaram assi claramente o Infante D. Pedro por contrairo, e não se pozeram em mostranças de o guerrear e destruir, como mostraram, e o Infante não impedira seu poder, que seu valor e prosperidade d'elles não descahira em Castella como descahiu, nem a Rainha D. Lianor sua irmã, enganada de suas promessas e esperanças impossiveis, não acabara sua vida em desterro com tanta necessidade e tristeza, e tão individa a suas bondades e estado, como ao diante se dirá.

Ruy de Pina, que segue os moldes de Tito Livio, pondo longos discursos na bocca dos personagens historicos, descreve d'este modo a scena intima, que se déra entre D. Pedro e D. Alvaro: «E passados alguns dias depois estes conselhos, o infante não se esfriando em seu proposito, apartou em uma camara o conde d'Abranches, e lhe disse conde, sabe que eu sinto minha alma aborrecida de viver n'este corpo, como desejosa de se sair de suas paixões e tristezas, e considerados os seus combates que minha vida, honra, e estado cada dia recebem, com esperança de não minguarem, mas cada vez crescerem mais, certo se as cousas n'esta viagem me não succedem como eu desejo, e seria razão, eu todavia determino morrer e acabar inteiro, e não em pedaços, e como quer que tenho outros bons criados e servidores, que por suas bondades folgariam e não se escusariam de morrer comigo, porém em vós sobre todos tomei esta confiança, assim pela irmandade que comigo merecestes ter, na santa e honrada ordem da Garrotea em que somos confrades, e como por creação que vos fiz, e principalmente pela certidão que de vossa bondade e esforço tenho muito ha conhecido, e por tanto quero saber de vós, se no dia que d'este mundo me partir, querereis tambem ser meu companheiro, e com isso lembre-vos para satisfazerdes aos primores de vossa honra, que sendo vós tão conhecidamente meu criado e servidor, e tão publico imigo do conde d'Ourem e arcebispo de Lisboa, depois de minha morte não podeis ter vida, salvo reservada para com mãos d'algozes a perderdes em lugares vis, e com pregões deshonrados.

Depois sentou-se á cabeceira do leito, e fallou muito tempo baixinho; a rapariga respondia ainda mais baixo, e, no fim da conversa, Adalberto apenas poude ouvir estas palavras, que os soluços entrecortavam: Não, minha senhora, eu não sou digna de tantas bondades! Dar-me trabalho em Valneige! De vestir e de comer debaixo do vosso tecto! E vêr todos os dias Adalberto! Oh! seria muita honra para mim!

Foi seu corpo logo metido em um ataude, e posto sobre uma azemola que com cruzes, tochas, e clerigos foi pelo conde de Monsanto, que hi era, e por outros fidalgos levado ao mosteiro da Batalha, e enterrado na casa do cabido, onde jaz até haver sua solemne merecida sepultura. Das feições, bondades e virtudes d'El Rei D. Affonso

Amo-te e abençoo-te. Gella seguiu com a vista a mãe e o filho, quando ambos a deixaram, e quando Adalberto se voltou para a vêr ainda, disse-lhe ella, com o coração cheio de reconhecimento: Obrigada pelo bem que me fizeste. Eu não sou digna de tantas bondades! Adalberto era obediente. Nunca se viu jantar mais alegre! Estavam quinze á meza.

Quem contará, ó luz, tuas bondades?... E o amor no qual o coração abrasas, E as tuas funeraes solemnidades Á ideal palpitação das azas?... Quem nos livra das flexas do pecado? Quem faz na intima terra o diamante? Quem gera o monstro, a pomba, o lyrio amado, E a idea extravagante?

Honrados criados e amigos, eu sou aqui vindo por mandado d'El-Rei meu Senhor, como vos disse, e por estas suas cartas o vereis; levo comvosco este publico caminho sem danificar nem agravar alguem como sabeis, e ora sou certificado que o Infante D. Pedro contra defesa e mandado do dito Senhor, vem por elle com proposito de por força m'o impedir, e porque eu por muitas causas que todos entendereis, sou em determinação de todavia seguir ávante, eu vos rogo e encomendo, que para qualquer trabalho e afronta que sobrevier, por serviço d'El-Rei meu Senhor e minha honra esforceis os corações, e desenvolvaes as mãos como de vós e de vossas bondades espero.

Frei Antonio respondeu que podia muito o trabalho de Maria. Alvaro chorou, ergueu-se da mesa, e exclamou: Estou punido, meu Deus! Alvaro, procurando Maria, disse-lhe: Não abusarei das tuas bondades, anjo. Vivo do teu trabalho, agradeço-te de joelhos a esmola, e não posso continua'-la a receber. Maria soltou um grito do coração e disse a Alvaro que a não matasse.

No fim do mez de Outubro d'este anno de mil e quatrocentos e quarenta e dois, o Infante D. João em a villa d'Alcacere do Sal acabou sua vida de febre, d'onde levaram seu corpo ao mosteiro da Batalha, onde tem sua sepultura, dentro da capella d'El-Rei D. João seu padre, e foi sua morte com dôr e tristeza de muitos muito sentida; porque era Principe de grande casa, e em que havia muitas bondades e virtudes sem algum vicio que as minguassem, em especial era muito amigo do bem commum d'estes reinos, que por elle mostraram claros signaes da perda que n'elle perderam.

Das bondades da Villa de Santarem, e seu termo, e como El-Rei D. Affonso propoz, e ordenou em sua vontade de a tomar, e a tomou.

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