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A baroneza era ainda parenta, em grau affastado, da menina por quem o conde se apaixonára antes de casar com a mãe d'Antonino, e parecia-se até, um pouco, com a infeliz a quem o desgosto matára.

Estamos á sua disposição, disse o conde de Bauriac. Tem algumas instrucções a dar-nos? Não. Desejo apenas que o duello se realise, sem falta, ámanhã ás onze horas. Meu pae chega ás oito, e eu tenho que fallar-lhe. Ficou combinado que os dois iriam buscar Antonino, á casa do boulevard Hausmann, pelas dez horas da manhã. Pouco depois d'Antonino sahir, entraram as testemunhas de Lauretto Mina.

Ao quarto, como os visitantes rareassem, a porteira respondeu á pergunta d'Antonino: A senhora vae melhorando, mas não poderá receber ninguem antes de dois ou tres dias. E advertida por Jacintha, segundo instrucções de Laura, accrescentou: O sr. quer ter a bondade de me dizer o seu nome? Antonino respondeu em tom breve. Visconde de Bizeux. N'esse caso, disse a porteira, o sr. visconde pode subir.

E agora cuidemos do presente, dos nossos projectos, do nosso amor. Concluamos o nosso romance. A conclusão foi a seguinte: Occultaram de todos a sua felicidade, mesmo de Despujolles e de Remissy. Trataram do casamento com todo o segredo. o pae d'Antonino teve conhecimento dos projectos do filho.

Na lucta contra o amor nascente, que se travava no coração d'Antonino, o maior perigo, mas ao mesmo tempo o maior attractivo, era, mais do que o talento de Laura e até mais do que a peregrina belleza da cantora, o que o visconde sabia, porque todos o diziam, da vida e do passado da diva. Tinha então vinte e seis annos e havia sete que cantava em theatros.

Foi por essa razão que o conde de Bizeux recebeu a confidencia d'Antonino com a simpathia terna d'um irmão. O soffrimento do visconde diminuiu desde que teve com quem fallar de Laura. Entretanto continuava triste e visivelmente inquieto. Como percebia o estado em que o filho estava, o conde, ao fim d'uma semana, chamou-o e disse-lhe: Tu soffres Antonino.

E, sem pronunciar uma palavra, pegou n'um cabo de linho, delgado mas forte, prendeu uma das extremidades ao braço, passando a corda por cima do hombro, e com a outra extremidade prendeu de fórma identica o braço d'Antonino. Depois disse: Agora podemos morrer! Morrer juntos e amando-nos, é morrer feliz! A tempestade attingia o paroxismo. As vagas cabriolavavam e cahiam depois em salto de tigre.

Estephania soubera, pela que lhe dera o ser, a historia do primeiro amor de seu pae, historia em tudo semelhante á de Antonino, á excepção de que no primeiro caso a moral social e religiosa e o direito augusto da familia tinham triumphado, emquanto que, no caso d'Antonino, fôra o amor, o amor profano, que vencera.

Reatára apenas relações com tres ou quatro admiradores mais intimos, e que o eram tambem do visconde. Todos elles tinham estado, n'outro tempo, mais ou menos apaixonados pela Linda. Mas como eram homens bem educados, e de mais a mais amigos d'Antonino, que consideravam o amante official de Laura, não faziam a côrte á diva. Apenas não tinham perdido completamente a coragem.

Percorreram assim as costas da Bretanha, d'um lado até Donamaner, e mesmo a Lorient, e do outro até ao Mont-Saint-Michel. Algumas vezes succedeu estarem ausentes durante dois ou tres dias, com grande inquietação do conde. O pae d'Antonino sabia que o vento contrario e o mau tempo não os fazia parar. O menos temerario dos dois, era justamente o visconde. Laura sentia-se bem a bordo.

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