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Toda aquella paixão do enternecido bucolista das Saudades, a fluidez incomparavel d'essa linguagem que é na sua simplicidade uma mimica d'alma e tem a harmonia d'um fio d'agua gorgolejante, tudo isso, o sentimento, que é a vida na obra d'arte, Delfim Guimarães foi encontrar nas composições erradamente attribuidas a Cristovam Falcão.

A lenda criou raizes; e, não obstante as hesitações e dúvidas de alguns criticos, ninguém, até hoje, contestara abertamente em publico a personalidade poética de Cristovam Falcão.

Isto leva a explicar como Cristovam Falcão tentaria apagar a paternidade da Ecloga fundamentando-se-lhe a imputação com o anagramma das primeiras syllabas do nomeCarta do snr. dr. Th. Braga. Salvo erro, o snr. dr. Theóphilo Braga quer referir-se apenas a uma, e não a duas estrofes.

«Os nomes pastoris que figuram n'esta écloga, obedecendo á ideia que fundamentou a composição, são todos êles crismas falsos, sendo dificil profundar quaes as personagens reaes que o poeta pôs em scena, o que deu lugar a erradíssimas interpretações, contribuindo para que tomasse vulto a lenda, que resultou do próprio anagrama Crisfal, que foi tomado como deduzido dos nomes de Cristovam Falcão

Tudo quis ver e visitar o sr. padre Borregana, feito cónego a ponta-pé. Não recebia? Porquê?... Talvez dorido, coitadinho, talvez de ferido no poisadoiro com a brutalidade da operação. E invectivava-se o Cristóvam bruto! verdugo! que se desculpava, dizendo: Pois sim, pois sim, mas se não fôsse eu... Tinha rasão.

Cristovam Falcão de Sousa era moço fidalgo em 1527, como se demonstra indubitavelmente pelo registo exarado n'um livro que existe no arquivo da Torre do Tombo, registo que reproduzimos com fidelidade a paginas 168/9 do nosso estudo sobre Bernardim Ribeiro. Na sua erudita comunicação á Academia das Sciencias de Portugal, afirmou o snr. dr.

E o padre Borregana, num palpite, de mãos postas: Depressa! depressa!... Pelas cinco chagas! pelas cinco chagas, Cristóvam! Êle é isso?, rosnou o sacristão com os seus botões; e despresando escrúpulos, atirou-lhe um coice, com tal violência, que o fez baquear e gemer: Ui! Ah, ?... e atirou-lhe segundo. Nisto um matraquear de tamancos no lagedo da igreja.

Terminou o conferente a sua palestra por invocar, mais uma vez, Diogo do Couto e Gaspar Frutuoso; e mais uma vez afirmou que as duas individualidades (Bernardim Ribeiro e Cristovam Falcão de Sousa) não podem j

Ora, sendo assim, vê-se que alguma cousa se ganhou com a publicação do nosso livro sobre o Poeta Crisfal, onde a paginas 176 escrevemos: «*Quanto a Cristovam Falcão de Sousa, moço fidalgo em 1527, por muito que se queira afastar a data do seu nascimento, não poderá esta ser fixada em ano anterior a 1510.

Theóphilo Braga queira concluir que, sendo Bernardim o Enio de Camões, Cristovam Falcão era o Enio numero 2 do mesmo poeta, assim a modos de um Enio barato, para trazer por casa. Prossigamos... «Na edição de Lisboa vem duas estrophes supprimidas no texto de Ferrara e Colonia, por que continham uma inconfidencia.

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