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OS MENDIGOS Tantos vadios sem nada na mão Sempre á espera de D. Sebastião. Ó D. Sebastião a ti comparo, El-Rey de Portugal, a minha sorte, Se te encontrasse na vida, serias meu amparo, Ser-m'o has talvez depois da morte. D. Sebastião, rey dos desgraçados, D. Sebastião, rey dos vencidos, El-Rey dos que amam sem ser amados El-Rey dos genios incomprehendidos.

A huns tudo lhes vai bater á porta; Outros não passão da cepa torta! Isto mesmo succede a mais de mil, E eu comparo estas cousas a hum funil. O que póde beber pelo bocal, Sacia-se, e não vai de todo mal; E quem pelo canudo sorve o vinho, Tira quinhão, porém muito mesquinho. Portugal, Portugal! o que bem pensa, Tem encontrado em ti grande diff'rença!

SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga: Meu caro, Que justissimo orgulho eu tenho, se comparo O tempo que passou a este em que hoje estamos: O verbo illuminando a treva e os recamos Do manto a que se abriga uma ambição enorme; As contorsões finaes do animal disforme Que viu a luz no Horeb ao sopro de Moysés, Rojando-se afinal vencido a nossos pés!

O commendador acceitou o retrato, e voltando-se para uma senhora, que estava ao lado de sua filha no canapé, disse: D. Julia, aqui tem o seu retrato. Venceslau inclinou-se profundamente diante da querida do seu amigo e disse: Era V. Exdigna da paixão de Antonio Vaz, porque, se a comparo com o retrato, noto que a semelhança foi apagada pelas lagrimas.

Todos estes trabalhos me parecem leves, se os comparo ao que tens padecido por amor de mim. A desgraça não abala a minha firmeza, nem deve intimidar os teus projectos. São alguns dias de tempestade, e mais nada. Qualquer nova resolução que meu pae tome, dir-t'a-hei logo podendo, ou quando podér. A falta das minhas noticias deves attribuil-a sempre ao impossivel.

Digo e redigo, porque d'isso estou convencido até á medula dos ossos, que os homens que eu tratei na mocidade me parecem semideuses se os comparo com os de hoje. Doia-se quem doer, que me importam pouco essas coisas: até faz bem á gente sentir morder-lhe uma pontinha de malquerença é como o frio de janeiro, que arripia, mas provoca a necessidade de reagir contra elle.

Se comparo poder ou ouro ou fama, Venturas que em si têm occulto o damno, Com aquele outro affecto soberano, Que amor se diz e é luz de pura chama, Vejo que são bem como arteira dama, Que sob honesto riso esconde o engano, E o que as segue, como homem leviano Que por um vão prazer deixa quem ama.

Ás minhas, eu comparo as tuas extranhezas. Ah! nos teus dias não ha Julhos nem aurora, E crepusculos... Crepusculos são tristezas! E tu que passaste o Outomno commigo Não pensas ao cahir de tantas agonias Nas minhas, que tu sabes, ó meu melhor amigo? Cahi, folhas, cahi! tombae melancholias! Ides morrer, folhas! mas morrer que importa? vae mais uma... mal nasceu e vae morta.

Ás vezes, quando a teu lado Comparo a expressão que outr'ora Tinha teu rosto adorado, Á sua expressão de agora... Não sei que tristeza vaga Que impressão sentida e funda, O meu coração esmaga! Oh! mas sei que a alma se inunda De uma subita amargura, De uma tal angustia e dor, Que toda a luz da ventura, Que me vem do teu amor Toda com ella se apaga!

corre a suspender na marcha Urano, Leva comsigo a Carolina, e ambos Revolução continua, e varia encontrão, No luminoso annel que o globo cinge, Do nem remóto, ou ultimo Saturno; Quando com elle hum Hercules comparo, Q' Olbers descobre, que a carreira immensa, No gyro de dois seculos absolve.