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Atualizado: 13 de junho de 2025
«E interrogava a expressão das pessoas atarefadas, que passam a correr pelo meio da rua, lembrando formigas n'um formigueiro, com um pacote debaixo do braço, ou um embrulho na algibeira, homens de miseria, que passeiam a sua fóme, em frente do balcão dos cambistas; physicos de larapio, escondendo a maldade do instincto, sob a femenilidade d'uma cabeça de imperatriz romana; figuras estranhas de inventores incomprehendidos, que vão ao acaso, monologando pelos passeios, com gestos inconscientes de actor.
Depois de um grande silencio, como se contemplasse acontecimentos incomprehendidos, como são esses da queda do Imperio romano, das invasões dos Barbaros do norte, das luctas contra os povos da Africa, Lisia, passando a mão pelos olhos ennublados, contemplou novamente a lamina scintilante: «A Espada de Viriatho, longo tempo sepultada n'esta ruina immensa, está outra vez descoberta; eil-a brandida por um braço vigoroso e joven. Uma era nova se me ostenta! vêjo novos Symbolos, novos trajos; outra vez desencadeamento de raças de encontro umas ás outras! N'esta lucta dos dois Symbolos, a Cruz e o Crescente, eu vêjo a Espada de Viriatho nas mãos do joven Cavalleiro sustentando a independencia d'este territorio que vae do rio Minio ao Durio!
Quem era? Supponho que nos chegou do fundo da provincia, d'algum velho castello do Anjou com herva nos fossos, porque me não lembro de ter encontrado em Paris aquelles cabellos fabulosamente louros como o sol de Londres em dezembro nem aquelles hombros descahidos, dolentes, angelicos, imitados de uma madona de Montegna, e inteiramente desusados em França desde o reinado de Carlos X, do Lyrio no Valle, e dos corações incomprehendidos. Não admirei com igual fervor o vestido preto, onde reinavam coisas escandalosamente amarellas. Mas os braços eram perfeitos; e nas pestanas, quando as baixava, parecia pender um romance triste. Deu-me assim a impressão, ao começo, de ser uma elegiaca do tempo de Chateaubriand. Nos olhos porém surprehendi-lhe depois uma faisca de vivacidade sensivel que a datava do seculo XVIII. Dirá a minha madrinha: «como pude eu abranger tanto, ao passar, com Libuska ao lado fiscalisando?»
OS MENDIGOS Tantos vadios sem nada na mão Sempre á espera de D. Sebastião. Ó D. Sebastião a ti comparo, El-Rey de Portugal, a minha sorte, Se te encontrasse na vida, serias meu amparo, Ser-m'o has talvez depois da morte. D. Sebastião, rey dos desgraçados, D. Sebastião, rey dos vencidos, El-Rey dos que amam sem ser amados El-Rey dos genios incomprehendidos.
Naturalmente melancholico, impulsivo mas retrahido, não pondo ao serviço das suas aspirações mais do que a mediania d'um talento inconsistente, D. Pedro V pertencia á especie corrente d'esses incomprehendidos romanescos que, como José II, d'Austria, fluctuam entre os indistinctos desejos de renovamentos, parcellarmente entrevistos, e as reticencias e as revertencias finaes a uma ordem consuetudinaria que lhes acalma o desastre de faculdades sobresaltadas mas fundamentalmente improliferas.
De rasgos d'estes poderia citar-te centenas. Restos de velhas edições de livros, de polkas, de almanacks, que o consumo do publico se recusou a tragar e que jaziam desde tempos remotos nos archivos de familia dos respectivos autores, acabam de te ser coasagrados e cáem sobre as subscripções abertas para te proteger como bençãos dos genios incomprehendidos e olvidados.
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