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«Guardai o velho disse altas senhoras! as vossas bellas joias preciosas, que de nada servem n'estas horas ao que morreu, sem vossas mãos piedosas. Prendei-as novamente ás tranças louras, que o cantor, n'estas horas luctuosas, para ir enterrar-se, á luz do sol, carece da esmola d'um lençol! O Conde deu uma ordem. N'um momento um nitido lençol pagens trouxeram.

Ao súbito desastre de hum Poeta amado da Nação. Cantor, que a fronte erguia engrinaldada Comvosco, Idálias crôas: myrto, e rósas, Que vio por mão das Tágides formósas De aljôfares a Lyra, e de oiro ornada; Mente, de ethéreos Dons abrilhantada, Que, sôlta em producções louçãas, pompósas, Surgio, voou com azas luminósas Ante o Bando que vai de rôjo ao Nada;

Assim outr'ora, em nebuloso clima, Do cantor de Fingal a nora amavel, A candida Malvina, a flor de Morveu, Ao jazigo dos seus encaminhava O sogro, idoso e cego. Trevas, lutos, Ante mim se revezão, se accumulão.

Tôlo! exclamou, referindo-se ao cantor, cuja voz perdia-se agora ao longe, na extremidade da rua. Pois que venha , a ver se os velhos não têm amores e prazeres!.. Que venha presenciar a este quadro e me dirá ao depois se eu não amo as minhas queridas filhas, o meu bondoso Braga, o meu Theodoro e á innocentinha que ahi dorme sob as bençãos do meu olhar!..

Ouvia dizer que, sem menospresar os seus deveres sacerdotaes, era um homem de sociedade, amavel e jovial, intelligente e insinuante. As senhoras que voltavam das Caldas da Rainha vinham contar agradabilissimas impressões d'esse homem estimadissimo, cujo talento se repartia por multiplices aptidões: Padre Antonio orador sagrado; Padre Antonio valsista; Padre Antonio cantor; Padre Antonio poeta.

As appellações mais vulgares, que ficaram desde esse dia como cauda obrigatoria ao seu nome, foram as de: orador maviosissimo, harmonioso tenor, voz eloquente e suave, etc. etc. Cantor dos bosques sagrados de S. Bento eis a sua posição social e artistica, perante a critica do seu paiz. « Mas eu não sou tal rouxinol!

E, se assim não fizer, o seu alaúde não tem sons, e o genio fallece-lhe de impotencia. Mas o poeta quer este titulo; cantor quer a grinalda das flores em troca da corôa de espinhos; é preciso cantar. Se lhe pedisseis, em vez de horrores, uma poesia banhada de luz celeste, em que os mil reflexos de cima fossem as virtudes possiveis no mundo...

Se a tua musa jamais se librou magestosa nos epicos arrojos da lyra de Camões, cantor do coração e poeta do Amor como elle, a morte vos irmanou na grandeza da sepultura. Para elle foi sepulchro enorme a patria. Quem sabe onde jaz? Era pequena uma cova para tamanho homem. Repoisa na patria, sepultura por dois lados orlada pelo mar.

Acólhe com ternura, acólhe, ó Patria, As Offrendas por mim do triste Vate, Que para te cantar surgio da Morte, E em ancias balbucía o tom dos Numes: Honra déste ao Cantor, honra ao canto. Bocage Ao Senhor Manoel Maria Barbosa du Bocage. Do boto engenho a sequidão, e a mingoa Suppri, vós Amizade, e sentimento, E a frase ingenua, a Candidez saudosa, Tebêos thesouros valhão.

Has de dar-me o teu abraço, E inspirar-me n'essas tardes Em que o sol é mui baço, E se perde no horizonte Como a nuvem n'esse espaço. Porque não, meu anjo lindo? Vamos ambos pelo braço. Tu has de ir comigo á festa, Como a mariposa á flor, Has de n'essa folgança Fazer de mim trovador. Tu não sabes quanto é bello Ser inspirado d'amor?! Vamos primeiro ao mercado, E depois serás cantor.

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