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Atualizado: 22 de julho de 2025
Assim é que já no Cancioneiro da Vaticana encontramos a seguinte chistosa caricatura de um cavalleiro da idade-média: caval'agudo que semelha forom, em cima d'el un velho selegon, sem estrebeyras e con roto bardon, nem porta loriga, nem porta lorigon, nen geolheiras quaes de ferro son, mays trax perponto roto sen algodon, e cuberturas d'un velho zarelhon, lança de pinh'e de bragal o pendon, e chapel de ferro que x'i lhi mui mal pon; e sobarçad' un velh' espadarron; cuytel'a cachas, cintas sen forcilhom, duas esporas destras, ca sestras non som, maça de fusto que lhi pende do arçom.
Assim o povo pensasse sempre em tudo o mais, e outro gallo lhe cantaria. Eu andei então muito descomposto nas gazetas, mas tambem andei muito cantado nas ruas. Os pescadores e as pescadeiras improvisaram então um cancioneiro eleitoral em meu favor. Ahi vão amostras do panno, que elles espontaneamente souberam tecer com toda a ingenua rudeza dos seus processos poeticos: Boa vai ella!
Por tudo isto é mais crível que o Livro das Cantigas do Conde fosse o primeiro nucleo com que se formou por juxta-posição o grande cancioneiro portuguez, do qual um dos apographos é o codice da Vaticana; dizemos por juxta-posição, por que se lhe segue o de el-rei Dom Diniz, e porque muitas canções de codice de Roma se acham aí mesmo repetidas, indicação inevitavel de terem sido colligidas de fontes diversas.
Porque ninguem o excedeu no manejo do verso, ninguem o trabalhou com mais correcção metrica, mais relevo na phrase, mais arte, mais pericia technica, ninguem lhe deu mais ductilidade, mais elegancia, mais harmonia, mais sonoridade, mais riqueza de rimas, mais graça de rythmo, do que o poeta excellente do Cancioneiro Chinez, da Ilha dos Amores, do Sol de Inverno.
Mas, felizmente para a memória do poeta bucolista, a poesia em questão foi uma das que o benemérito Garcia de Rèsende reproduziu no Cancioneiro Geral, publicado em 1516, quando Cristovam Falcão de Sousa... ainda andava de coeiros, se é que já pertencia ao numero dos vivos...
Não chegaram a entrar n'elle canções de el-rei D. Diniz, e portanto entre este e o Cancioneiro de Roma pode fixar-se a existencia de outro cancioneiro hoje desconhecido. Seria a primeira compilação geral, feita mesmo em Hespanha? Tinha intimas relações com o codice de D. Mecia.
Aos phantasistas nada, certo, importava que jamais fosse o ideal trovador, nem uma vez, referido no volumoso in-folio do «Cancioneiro» de «Rezende», em cujo indice se catalógam até as mediocridades pulhas daquelle tempo. A todos que tenham olhos de ver, demonstra agora o sr.
O melhor testemunho d'essa decadencia encontra-se no Cancioneiro geral de Resende, archivo da fina flor da poesia palaciana do tempo, como ironicamente lhe chamou um conhecido escriptor.
Mas abstraiamos d'este ponto de vista. Supponhamos que Antonio Feijó não buscou nos poetas chinezes mais do que motivos lyricos, para sobre elles ensaiar variações ou glosas. Supponhamos que o Cancioneiro não é uma traducção, nem uma adaptação, mas a obra de um poeta europeu, finamente perfumada de orientalismo.
Em seguida a estas preciosas referencias cita tambem na sua carta Vasco Peres de Camões, poeta do Cancioneiro de Baena e contemporaneo de Pedro Gonçalves de Mendoza por cuja via seria conhecido em casa de Dona Mecia de Cisneros, e pelos eruditos que tinham o cuidado da educação do Marquez.
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