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Atualizado: 27 de junho de 2025
Assim se exprimem os dous panegyristas do principe perfeito, Ruy de Pina e Garcia de Resende, pobres homens cujo espirito cortezão nem sempre soube esconder a tenebrosa astucia e a suprema perversão moral do heroe dos seus fastos. A justiça fez-se vingança, e a execução significou sómente um assassinio judicial, fria e solemnemente resolvido.
E com que energia fustigava a decadencia miseravel que levára a essa desolação! Lançou-nos a perder engenhos mil E mil este interesse que haja mal, Que tudo o mais fez vil, sendo ele vil! Os ultimos trovadores do Cancioneiro de Resende, Sá de Miranda ainda os conheceu ou ouviu as suas poesias.
A prova de que tal regularidade não passou dos «roles» que os parochos de Lisbôa ministraram ao guarda-roupa do Arcebispo, por ordem deste, e Christovão fez imprimir após as noticias que ía dando das differentes freguezias, está neste codice que temos manuseado, e de que vamos dando noticia a nossos benignos leitores. Estava no seu auge o facto que a Miscellanea de Garcia de Resende commemora;
Viam-se entre estes o alferes-mór Ayras Gomes da Silva, ancião veneravel, que fôra seu aio, o orgulhoso mordomo-mór D. João Affonso Tello, Gil Vasques de Resende, aio do infante D. Diniz, o prior do hospital Alvaro Gonçalves Pereira, e muitos outros fidalgos que ou seguiam a còrte, ou tinham vindo assistir ás bodas reaes.
D. João I, que assentara verdadeiramente a pedra angular do absolutismo na lei mental, foi tambem quem começou a dar ao seu país um impulso litterario, e D. João II que em politica pôs o remate ao edificio começado por seu bisavô, e levou igualmente as letras ao grau de esplendor a que as vemos chegadas nos começos do reinado de D. Manuel, grau d'esplendor concentrado como era um foco no célebre livro publicado por Garcia de Resende, intitulado o Cancioneiro, o qual resume e representa a litteratura do século decimo quinto.
A espada que galhardamente lhes pendia do cinturão, emquanto trovavam á sua dama, e que matava o audaz rival, era, tambem, a lusa espada pelejadora pela patria e pela religião. Em o Cancioneiro de Resende encontram-se muitas referencias a essa illustre senhora. A fidalguia porfiava em agradar-lhe, cercava-a de galanteios para lhe merecer os sorrisos.
Como se explica, pois, que um tão illustre personagem não figure no Cancioneiro de Resende, onde aliás se encontram, com tão assombrosa profusão, nomes que, nem pela clareza da estirpe nem pelo fulgor do engenho, se impunham á consideração dos posteros?!
No Cancioneiro Geral sómente se encontra com fórma de romance umas trovas que fez Garcia de Resende á morte de Ignez de Castro, que principiam: Eu era moça menina per nome dona Inez, etc.
O melhor testemunho d'essa decadencia encontra-se no Cancioneiro geral de Resende, archivo da fina flor da poesia palaciana do tempo, como ironicamente lhe chamou um conhecido escriptor.
A seguir a este livro, vem em 1561, editado pelo opulento João de Borgonha, o tão fallado elogio da Sigéa, de Mestre André de Resende; em 1563, nova edição do precioso Reportorio, especie de Diario Ecclesiastico, dos Oratorianos, sem o qual nossos avós do XVIII.^o seculo não podiam passar.
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