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Atualizado: 26 de julho de 2025


Prestrello regressa a Portugal; Zarco e Tristão Vaz, descortinando ao mesmo rumo no horisonte um ponto escuro e permanente, para elle se dirigem, e abordam á ilha da Madeira. Estes primeiros fructos não desviam a attenção do perseverante principe do seu principal intuito. Tem elle a satisfação de fazer dobrar em 1429 o cabo Bojador. Gil Eannes, natural de Lagos, conseguiu a façanha.

Os homens do norte, que nas suas barcas tinham descido desde os mares gelados do pólo a piratear nas costas da França, foram caindo para o sul; e no XV seculo tinham chegado ás Canarias, commerciavam ao longo da costa africana, para cima do cabo Bojador, onde tambem, por terra, chegavam os berberes de Marrocos.

Os descobrimentos além do Bojador, que até ahi eram accessorios da intentada conquista do Maghreb, convertem-se em objecto principal das ambições de poderio. Affonso V tomára o titulo de rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar: fôra esta a derradeira expressão do pensamento antigo. D. João II accrescentou a esse titulo o de senhor de Guiné: era a primeira palavra do symbolo moderno.

Azurara, Barros, Damião de Goes e ainda outros mais dizem positivamente que Tristão e Teixeira se dirigiam á Guiné ou a passar o cabo Bojador, e que foi uma tormenta que os levou á ilha de Porto Santo; sem admittirem que taes navegantes fossem em busca de uma ilha, cuja noticia viera de um captivo de Marrocos, como teem escripto alguns auctores, que acreditam na lenda de Machico.

Porto-Santo, a Madeira e os Açores foram por esta fórma arrancadas ás trevas do mar. Mas, apesar das successivas investidas, não se conseguira ainda dobrar o cabo Bojador, limite extremo até onde a costa era conhecida: havia doze annos que os navios iam e voltavam sem resultado. Era uma barreira natural, junta a um muro de terrores phantasticos.

Obteve que Gil Eannes chegasse ao Cabo Bojador, dobrasse-o, reconhecesse-o e voltasse a dar-lhe a boa nova; não era ainda o fim do mundo, mas ninguem fôra, salvo mouro ou arabe, e por terra.

Portugal estava mais proximo, que nenhum outro povo, do litoral africano; tinha tomado Ceuta; dobrara o cabo Bojador; e sabia, em virtude da passagem do cabo da Boa Esperança, que existia communicação entre o Atlantico e o mar das Indias. Por tudo isto nutria no peito a generosa aspiração de levar o nome da patria e do filho de Maria aos paizes em que nasce a aurora.

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