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Deixou o rio Lunga, affluente do Cabombo, e esteve na povoação do soba Machico.

Mello e Galvão dizem que Machico fôra directamente á Madeira, em quanto que Fernandes o conduz primeiro a Porto Santo; e, quanto aos carneiros que Fernandes diz terem ficado n'esta ilha a pascer, se elles não fossem tambem legendarios teriam multiplicado tanto, que a sua natural voracidade não deixaria em que os coelhos, levados mais tarde á mesma ilha por Perestrello, podessem exercer a devastação que referem quasi todos os historiadores d'aquellas ilhas, até ao proprio snr.

Habituados, como estamos, a respeitar a opinião do illustre sabio britannico, não podiamos deixar de nos sentirmos profundamente magoados por uma pungente contrariedade, quando se nos deparou a defeza de Machico, tão habilmente desempenhada por aquelle escriptor.

Propostas identicas me foram mandadas fazer da parte do soba Machico, que rejeitei egualmente; ora se eu fosse natural de Zamzibar, e, quiça, que inglez, tendo como tinha sufficientes meios de que dispor para o effeito, talvez me inclinasse a acceitar taes offerecimentos que na realidade eram brilhantes; mas sendo de opinião differente, não quiz acceitar o que por tres vezes me foi offerecido: uma pessoalmente pelo infeliz soba Pepe, e duas por parte do soba Machico, como acabei de dizer.

Isto parece ter succedido no fim de 1418 ou principio de 1419. Foi Morales que lhe communicou o descobrimento de Machin, e partindo em um navio, com authorisação do infante e sob a direcção de Morales, fez o importante descobrimento da ilha da Madeira, á metade da qual deu o nome de Funchal e á outra de Machico

Major. Fernandes não deu cabo do seu Machico na ilha da Madeira. N'este ponto Galvão e Fernandes estão de accordo, mas em contraposição com Mello que, para crear a entidade Morales, fez morrer Machico na Madeira, 5 dias depois da morte de Anna de Arfet. Ainda assim Fernandes diz «e com o traquete da tenda fizeram vela e partiram»; e Galvão diz «foi dar á Costa d'Africa sem velas nem remos

Na obra «The life of Prince Henry of Portugal», defende o snr. Major a veracidade da lenda de Machico, e tanto calor toma n'esta defeza que bem mostra quanto se deixára convencer da existencia d'aquelle acontecimento.

Quanto a Valentim Fernandes é preciso saber-se que o seu livro não passa de um aggregado de varias noticias, escriptas por diversos individuos, onde a par da lenda de Machico figura uma «Chronica», tambem manuscripta, «da descoberta e conquista de Guiné» por Azurara, escriptos estes que, quanto ao nosso ponto, se contradizem mutuamente.

No anno de 1849, da terceira viagem, falleceu o soba Riumbo, succedendo-lhe seu primogenito Machico, e de cujo acontecimento nenhum damno resultou para os viajantes, attendendo á boa indole do povo, e attendendo egualmente ao estylo seguido alli tambem: Morreu o rei: Viva o rei. pois que o defunto soba não passa além de vinte e quatro horas insepulto, e o herdeiro existe occupando o seu logar, passando por consequencia o acontecimento desapercebido como qualquer outro.

Por amor, pois, da verdade e com o mais profundo respeito nós vamos, segundo a nossa opinião, defender como primordial a descoberta das ilhas de Porto Santo e Madeira por Zarco e Tristão, com prejuizo da pretendida descoberta de Machico.

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