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Atualizado: 23 de junho de 2025


A outra parecia uma mulhersinha, de olhar quebrado, bandós escuros, face de cobre e sombras, typo de cigana enlouquecida, duma serenidade arrepiante junto ao delicto innocente! Não sei se foi Deus quem mandou... dizia. Seria, penso. Que Elle ás vezes capricha em desnortear os commentadores.

Disse-me elle, muito vangloriado e com razão, que no rajado que governava havia 15 annos, não existia um pobre, e a prisão estava quasi sempre pouco habitada. Escusado será dizer-lhes que em Gôa, aos sabbados, os indigenas andam aos bandos e o carcereiro não tem pouco que fazer.

E entre estes dois bandos de almas atormentadas, está uma corporação docente, que se inculca infallivel, mas que, no intento de proteger sua infalibilidade, anathematisa a razão humana e excommunga a consciencia.

Decorreu a noite naquele tumultuar terrível, repercutido pelos ecos, e em que os dois bandos inimigos exaltavam o seu valor não vencido e prenuncio de novos combates.

Desde madrugada, que eu estava debruçado no muro do meu quintal, á sombra de uma acacia, onde trinava um rouxinol, para ver passar os romeiros, que se dirigiam, em bandos, para o arraial. Antes de chegar ao adro, passava-se por dois arcos de murta com flôres, dos quaes pendiam bandeiras e galhardetes de côres garridas.

Mutuamente se elogiavam; uma sabia de cosinha como ninguem, não havia cosinheira ás ordens d'ella; a outra, diziam, tinha nascido para homem, constantemente nos campos, á frente dos bandos na apanha da azeitona, entre as vinhas, no outomno, com grande chapeu de palha, dando ordens e berrando aos trabalhadores: Olha como levas esse poceiro! Não fazem nada em ordem! Que estupidos!

As ruas e travessas proximas, similhantes a canaes rotos á furia das aguas, engolem e despejam incessantemente os bandos variegados dos fugitivos, entre os quaes a egualdade do terror acotovella os commendadores e os togados com o operario, o frade e o farricouco pelo judeu transido, ou pela collareja tão veloz nos passos, como solta de lingua e prompta de gestos.

E do amago d'essas noites insondaveis pululam turbas espectraes de crucificados, hordas de monstros, bandos de miserias, cardumes de abominações e de agonias. Ullulam tropeis disformes e sangrentos, regougam fauces patibulares, choram, coroadas de ulceras, Magdalenas lividas, bocas de escarneo crocitam sem dentes e sem pudor, arquejam ralas estorturantes, gemem creanças vagabundas, tossem tisicos, ardem febres, lusem gangrenas e podridões... E tudo vago, indistincto, confuso, n'um rumor longo e subterraneo. Não se destacam, não se desenham as formas. Olhos, bocas, gestos, relampeando na sombra... Nada mais. A sombra voraz esbate as linhas e os contornos.

Entre sombras, no longe, vagamente, Morrem as vozes na extensão saudosa. Cae do espaço, pesada, silenciosa, A tristeza das cousas, lentamente. E os captivos suspiram. Bandos de aves Passam velozes, passam apressados, Como absortos em intimos cuidados, Como absortos em pensamentos graves.

E a pudibunda nuvem d'alvorada Quando, ante o Sol esplendido que assoma, Parece virgem pura e delicada, Branca de neve com dourada coma!... Oh nuvens que passaes no firmamento, Bandos aereos d'illusões perfeitas!... Vós que tão lindas sois, e n'um momento, No chão cahis em lagrimas desfeitas!

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